Infelizmente este “post” não está disponível em Português. Meu tempo é muito limitado e a tradução, preparação e publicação de um post deste genero necessita várias horas de trabalho.
Se você entende Inglês e esta disposto a me ajudar traduzindo o post para o Português, eu ficaria muito agradecido. Eu prometo revisar e publicar a tradução quanto antes possivel, creditando seu nome como tradutor.
Voce pode copiar o texto em Inglês, colar em programas como Microsoft Word, traduzir e enviar-lo de volta para o endereço Paulo@EyeCycled.com
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Se este é o primeiro artigo da série do caminho da fé que você está lendo, eu recomendo que você dê uma olhada no artigo sobre a introdução ao caminho da fé, publicado no dia 28 de fevereiro de 2017. Ele explica o que é o caminho da fé, as razões pelas quais eu decidi fazer ele e provém informações que podem ser úteis aqueles que decidirem fazer o caminho da fé também.
Neste artigo eu cubro o 4o dia desta peregrinação de 12 dias – 600 Km, entre a cidade de Casa Branca e a pousada rurtal da Dona Cidinha, via cidade de Vargem Grande do Sul, no estado de São Paulo.
Conforme mencionei no artigo de introdução ao Caminho, baseado na minha experiência ao criar os videos depois do Caminho de Santiago em 2015, quando comecei essa serie sobre o Caminho da Fé minmha intenção era de dividir o caminho em estágios representando a distância entre as cidades ou centros urbanos ao longo do caminho. De outra maneira correria o risco dos vídeos se tornarem muito longos para assitir. Apesar disso aprendi que muitos peregrinos preferem passar a noite longe de áreas urbanas em uma das muitas pousadas rurais ao longo do caminho.
Portanto, se eu fosse seguir essa estratégia, o estágio 7 seria entre Casa Branca e Itobi , o estágio 8 entre Itobi e Vargem Grande do Sul e o estágio 9 entre Vargem Grande do Sul e o distrito de São Roque da Fartura (pertencente a Águas da Prata). Como quando eu cheguei em Vargem Grande ainda estava cedo para mim, eu decidi seguir o caminho por mais 15 Km até a pousada da Dona Cidinha, sobre a qual eu tinha ouvido falar muito bem antes de dar inicio ao meu caminho. É por esta razão que este vídeo é um pouco mais longo do que o habitual. Por isso nesse artigo eu cubro metade do estágio 9 junto com o estágio 8. A outra metade será mostrada no próximo artigo.
Você pode baixar o mapa oficial do caminho da fé a partir da website da Associação dos Amigos do Caminho da Fé , assim como também um guia de hospedagem para os diversos ramais do caminho. A maioria das hospedagens no guia são de pousadas familiares / rurais ou urbanas. Tipicamente eles cobram uma diária básica que inclui as refeições (janta e café da manhã). Alguns estabelecimentos nesta lista, entretanto, são hotéis, mas a maioria dos hotéis na lista vão te oferecer uma diária reduzida de peregrino perante a apresentação da credencial de peregrino.
Peregrinos que querem experimentar uma peregrinação “de verdade” (se é que isso existe), tem que aceitar o fato de que hospedagens de peregrinos (pousadas) com frequência são locais dificies de dormir. Para algumas pessoas, dividir o quarto com desconhecidos pode ser uma experiência desconfortável, principalmente com pessoas que roncam alto. É sempre bom estar preparado e levar consigo tampões de ouvido para prevenir. Conforme descrevi no artigo anteior, a pousada de peregrinos do santuário de Nossa Senhora do Desterro em Casa Branca oferece 2 quartos grandes. O que eu pernoitei, tinha uma sala de estar com um sofá, uma TV, uma pequena mesa de jantar e algumas cadeiras e o quarto tinha 3 camas de solteiro, armarios e um banheiro privativo, o que é um luxo. Eu nunca me importei em compartilhar o espaço com outros peregrinos, mas nada como como ter um quarto só para sí, certo? Sem preocupação com os roncos dos outros ou os próprios, assim como outros barulhos, principalmente daqueles que precisam visitar o banheiro no meio da noite. Eu tive sorte de ter o quarto apenas para mim naquela noite e tive uma ótima noite de descanso. A cama era confortável e a temperatura estava ótima.
Na manhã seguinte o café da manhã foi servido no salão paroquial. Continha pão, manteiga, alguns tipos diferentes de geléias e algumas frutas. Café e leite estavam a vontade. Foi neste momento que eu próprio carimbei minha credencial de peregrino e assinei o livro de visitas (eles deixam o livro e o carimbo sobre a mesa do café). Eu não me encontrei com as peregrinas que havia encontrado na pousada no dia anterior, mas conheci a Andrea, que estava preparando a mesa do café.
Depois do café eu preparei a bicicleta e sem querer acabei deixando a pousada com a chave do quarto no bolso de tras da camisa.
Pedalei até o centro da cidade de Casa Branca e visitei a catedral, que é uma igreja bem impressionante para uma cidade daquele tamanho. Fiquei por lá um bom tempo apreciando a arte sacra de suas paredes e teto. Foi nesse momento que notei que a chave do quarto ainda estava comigo e telefonei para a pousada para perguntar se deveria voltar para devolvar. Andrea me disse que poderia deixar a chave no escritorio da catedral que mais tarde alguem passaria la para pegar. Foi um alivio não ter que pedalar tudo de volta.
Os dados de GPS capturados pelo meu Garmin indicam que eu pedalei 15,61 Km entre Casa Branca e Itobi , o que condis com a disntância indicada no mapa oficial do Caminho. Eu percorri essa distância em 1h e 50m, mas esse tempo inclui a parada na Catedral.
Eu não vou descrever a jornada até Itobi, pois você pode assistir o vídeo acima, mas vale a pena mencionar o pequeno incêndio em uma mata na periferia da cidade, que a prefeitura estava apagando com um carro pipa e o fato de que quando eu cheguei em Itobi, eu continuei seguindo as setas amarelas que me levaram para fora da cidade, ao inves de me indicarem o caminho para o centro (hotel Ypê). Apesar de eu ter cometido o mesmo erro em Cravinhos no primeiro dia, eu ainda achava que as setas levariam o peregrino ao centro da cidade ou aos estabelecimentos de acomodação de peregrinos, mas esse nem sempre é o caso. Eu pedalei 3,5 Km e voltei. Ao total foram portanto 7 Km desnecessarios. Pelo menos tive a oportunidade de comer um ótimo “X’Tudo” no Dinho Lanches, quase em frente ao Hotel Ypê, o único estabelecimento credenciado na lista de acomodações da associação dos amigos do caminho.
Estágio 08 (+ 1/2 do 9): De Itobi para Vargem Grande do Sul (Pousada Dona Cidinha) + Vídeo
Bom, conforme expliquei na introdução acima, o próximo estágio deveria cobrir a distância entre Itobi e Vargem Grande do Sul, entretanto, quando eu cheguei no Hotel Principe em Vargem Grande do Sul ainda estava muito cedo para parar e decidi pedalar mais 15 Km até a pousada da Dona Cidinha, sobre a qual eu tinha ouvido falar muito bem nos grupos de peregrinos que eu participo. É por esta razão que este vídeo é um pouco mais longo que o habitual e é por esta razão que o estágio 9 será quebrado em dois. Vamos então chamar esse vídeo de estágio 8 + 1/2 estágio 9. A outra metade do estágio 9, entre a pousada da Dona Cidinha e o distrito de São Roque da Fartura, será mostrada no próximo artigo.
Só pra deixar claro, então, se você está percorrendo apenas o trecho entre Itobi e Vargem Grande do Sul (estágio 8), o Hotel Principe é um dos estabelecimentos credenciados de acomodação de peregrinos na cidade. O hotel fica praticamente dentro de um posto de combustiveis, portanto pode ser um pouco dificil de encontrar. Eles vão carimbar a sua credencial de peregrino e oferecer uma taxa de peregrino se voce decidir ficar lá.
Os dados de GPS capturados pelo meu Garmin indicam que eu pedalei 18 Km entre Itobi e Vargem Grande do Sul, o que, por alguma razão, são 3 Km a mais que a distância indicada no mapa oficial do caminho (até onde eu sei, eu segui as setas). Depois de sair do Hotel Principe eu pedalei mais 15,37 Km até a pousada da Dona Cidinha. Levei 1h 31m para percorrer a distância entre Itobi e Vargem Grande e 2h 36m para percorrer a distância entre Vargem Grande e a pousada.
A jornada entre Itobi e Vargem Grande do Sul ocorreu sem maiores eventos, com a excessão de que quando cheguei em Vargem Grande do Sul a bateria da camera acabou sem eu ter notado e por esta razão um pequeno trecho dentro da cidade esta faltando no vídeo. Para os peregrinos caminhantes, observem que um trecho de 13 Km entre Itobi e Vargem Grande do Sul é feito ao longo da Estrada Padre Gino Righetti, que é pavimentada e de movimento moderado.
Depois de carimbar minha credencial no hotel eu pedalei até o centro da cidade e fiz uma rapida parada para tirar uma foto da igreja matriz. Como em qualquer atividade que se faça, uma distração pode ter consequências. Infelizmente eu não percebi o par de setas amarelas pintadas em um poste indicando que eu deveria dobrar a direita na esquina seguinte, o que me fez ter que pedalar uns 2 Km a mais até reencontrar de novo o caminho. Felizmente eu desconfiei que estava errado e perguntei para algumas pessoas na rua que me indicaram o caminho certo. Eu percebi as setas só depois que assisti meu próprio vídeo e achei que elas eram mesmo um pouco dificies de ver, por isso indiquei elas no vídeo para evitar que outros peregrinos cometam o mesmo erro que eu cometi.
Na saída de Vargem Grande chega-se a um cruzamento perigoso onde as setas amarelas parecem indicar que o peregrino deve pular a barreira de concreto que separa as pistas da estrada. Por favor, nem pense em pular essa barreira. O movimento de veiculos é intenso, eles vem em alta velocidade, a barreira é alta e não existe praticamente espaço algum entre a barreira e a pista de rolagem. Vire a direita e desça uns 250 m até uma rotunda (rotatória) onde é mais seguro cruzar a pista para o outro lado. Ao escrever este artigo, fui informado que a rota foi alterada e que as setas amarelas agora levam o peregrino diretamente a rotatória, mas é sempre bom deixar a dica,
O trecho para a pousada da Dona Cidinha foi o mais dificil do dia. As pequenas estradas de terra tinham muita areia e poeira em certos trechos, e morros que me forcaram a empurrar a bicicleta muitas vezes. Foi por esta razão que fiz os 18 Km entre Itobi e Vargem Grande do Sul em 1h 31m, mas os 15,37 Km entre Vargem Grande do Sul e a pousada em 2h 36m.
Quando eu cheguei na pousada o sol ja estava se pondo o que proporcionou um dos momentos mais bonitos do dia, pois a pousada fica em uma localizacão bem elevada. A dona Cidinha e o seu Francisco já estavam me aguardando pois eu havia telefonado ao sair de Vargem Grande do Sul. Mais uma vez tive a sorte (?) de ter sido o unico peregrino na pousada naquela noite. A casa inteira estava ao meu dispor, pois a pousada fica em um local afastado de onde os proprietarios vivem. O seu Francisco me trouxe a janta em uma marmita quentinha e a comida estava deliciosa. Eles são um casal super bacana e eu recomendo a pousada a todos que não se importem de dormir longe de um centro urbano. Não tem WiFi na pousada, mas pelo que me lembro o sinal de celular é bom.
A pousada é uma casa grande e pode hospedar cerca de 20 peregrinos de uma vez. A casa tem 4 quartos e uma sala onde tambem podem dormir 3 peregrinos. A casa tem um banheiro grande e limpo e tambem existe uma toalete fora, na area da churrasqueira, que tem tambem varias mesas e cadeiras. O quarto onde eu dormi tinha uma cama de casal e uma de solteiro. Os outros quartos tinham um misto de camas de solteitro e beliches com algumas camas de casal tambem. Na sala tem um sofa e uma TV, alem de um beliche e uma cama de solteiro. A cozinha é bem grande, com uma longa mesa de jantar, uma geladeira, um freezer e forno microondas.
O livro de visitas contém passagens em Inglês e Espanhol indicando que, apesar de ser uma area relativamente remota, visitantes de outras nacionalidades estiveram por la. As paredes na area da churrasqueira estão praticamente todas cobertas de fotos e cartões postais enviados por peregrinos e visitantes. É possivel ficar horas apreciando as fotos e as mensagens.
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This GPS file represents the route I took between these two locations during my Via Francigena pilgrimage by bike from Canterbury, in the UK, to Rome, in Italy.
The route contains mistakes and tracks I may not recommend you to take, so it is important to read the respective posts for more context.
Use of this resource at your own risk.
Look for details here:
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Se este é o primeiro artigo da série do caminho da fé que você está lendo, eu recomendo que você dê uma olhada no artigo sobre a introdução ao caminho da fé, publicado no dia 28 de fevereiro de 2017. Ele explica o que é o caminho da fé, as razões pelas quais eu decidi fazer ele e provém informações que podem ser úteis aqueles que decidirem fazer o caminho da fé também. Neste artigo eu cubro minhas experiências no terceiro dos 12 dias / 600 Km da peregrinação em bicicleta de Sertãozinho até Aparecida do Norte, a partir da cidade de Santa Rosa de Viterbo até a cidade de Casa Branca via Tambaú, todas no estado de São Paulo.
Conforme explicado no artigo de introdução, eu dividi o caminho em 21 estágios, definidos pelo mapa oficial do caminho. Cada estágio representará 1 vídeo nesta jornada e por isso este artigo contém 2 vídeos, pois cobri 2 estágios neste dia. Um cobrindo a jornada entre Santa Rosa de Viterbo e Tambaú e outro cobrindo a jornada entre Tambaú e Casa Branca.
Você pode baixar o mapa oficial do caminho da fé a partir da website da Associação dos Amigos do Caminho da Fé , assim como também um guia de hospedagem para os diversos ramais do caminho. A maioria das hospedagens no guia são de pousadas familiares / rurais ou urbanas. Tipicamente eles cobram uma diária básica que inclui as refeições (janta e café da manhã). Alguns estabelecimentos nesta lista, entretanto, são hotéis, mas a maioria dos hotéis na lista vão te oferecer uma diária reduzida de peregrino perante a apresentação da credencial de peregrino.
PS. Normalmente os cuidadores da Pousada oferecem jantar, hospedagem e café da manhã tudo incluído no valor de R$ 70,00, mas este dia não foi um dia normal para eles. Leia o artigo abaixo que você entenderá.
Ganho total de Elevação neste trecho: 620m
Velocidade Média: 9,6 Km/h
Velocidade Máxima atingida: 57,8 Km/h
Batimento Cardíaco Médio: 128 bpm
Batimento Cardíaco Máximo: 163 bpm
Calorias queimadas: 2.347 CAL
Clique aqui para ver a página do Garmin Connect para esta atividade.
Estágio 05: De Santa Rosa de Viterbo para Tambaú + Vídeo.
Tive uma boa noite de sono no Hotel Malim. Não havia uma TV no quarto, mas hoje em dia quando se tem WiFi quem precisa de TV? O café da manhã também foi muito bom e farto e eu saboreie ele com calma. Invetsi até uns 30 min naquela manhã conversando com o recepcionista do hotel sobre o nome da cidade para tentar entender se havia alguma relação com a cidade de Viterbo na Italia, que conincidentemente tambem se encontra em uma rota de peregrinação chamada Via Francigena, a qual eu completei em 2016 (o nome tem relação sim, mas eu já expliquei no artigo anterior).
O mapa oficial do Caminho indica que a distância entre Santa Rosa de Viterbo e Tambaú é de 36 Km, o que o torna um dos trechos mais longos do Caminho. Para ser sincero, eu não estava muito animado para encarar as mesmas condições dos dias anteriores, com longos trechos de areia fina e poeira, mas ao sair do hotel decidi seguir as setas amarelas para ter uma idéia das condições do Caminho e decidir mais tarde se eu continuaria nele ou se tentaria encontrar uma rota alternativa para Tambaú, se uma existisse.
No hotel já haviam me avisado que a SP-332 ligava Santa Rosa de Viterbo a Tambaú e eu sabia que outras opções existiam. Continuei, entretanto, pedalando na rota original do Caminho por cerca de 5 Km, seguindo as setas amarelas. O terreno demonstrou ser tão dificil quanto o dos caminhos nos dias anteriores o que não foi muito motivador naquele momento. Depois de 5 Km seguindo as setas amarelas na estrada de terra eu cheguei ao vilarejo de Nhumirim e depois de dar uma olhada no Google Maps decidi continuar pela SP-332 que na verdade é paralela ao caminho. Ao chegar neste vilarejo a seta amarela aponta para esquerda, mas eu segui reto (veja no vídeo). Depois deste ponto pedalei mais 2 Km em estradinhas de terra até encontrar a SP-332.
Desta forma, o vídeo não mostra o trecho do caminho original entre Nhumirim e Tambaú Se voce fizer o Caminho da Fé a partir desse ponto deixo por sua conta e risco a decisão de pegar o caminho original ou seguir o que eu fiz. O que eu posso dizer, entretanto, é que eu não me arrependi de ter feito esse trecho de 23 Km pela estrada. Eu me senti seguro pedalando nela pois o acostamento era largo e em boas condições de manutenção. A maioria dos veículos também passou por mim respeitando a distância de 1,5 m.
Além disso a rota pela estrada tambem cortou 6 Km em relação ao caminho original e me permitiu cobrir esses 23 Km em 1h e 20 min com uma velocidade média de 17 Km/h, que era quase o dobro do velocidade média que eu estava fazendo por terra. Minha recomendação é que, se voce estiver de bicicleta, vale a pena considerar a estrada, mas se voce estiver a pé será provavelmente mais seguro caminhar pelo caminho original de terra.
Uma desvantagem em não seguir a rota original esta no fato que você não tem as as setas amarelas para te guiar, desta forma você ter seu próprio método de orientação, que no meu caso foi o Google Maps no celular. Ao chegar em Tambaú eu optei por ir primeiro a prefeitura da cidade, pois elas são tipicamente um bom local para se obter informações sobre a cidade , o caminho e as vezes tambem carimbar sue credencial de peregrino, mas no caso de Tambaú as credenciais são carimbadas no departamento de turismo do municipio, que não ficava longe de lá. Tambaú não é uma vila, mas não é uma cidade muito grande tambem, por isso tudo fica perto.
Depois de carimbar minha credencial no depto de turismo, decidi por um descanço um pouco mais prolongado uma vez que eu havia chegado em Tambaú bem mais rápido que o previsto (se eu tivesse seguido o caminho original). O Na parte inferior do prédio existe um bebedouro de água gelada, banheiros e uma area para sentar. Fiz um landhinho com umas frutas que tinha trazido comida e deu tempo até de conversar um pouco com meus filhos na Inglaterra.. Eu tive a impressão que Tambaú teria sido um lugar legal para passar a noite, mas ainda era muito cedo para mim, por isso depois de uns 30 min ali decidi seguir até Casa Branca.
Para aqueles que decidirem pernoitar em Tambaú o hotel Eliana fica bem em frente ao depto de turismo e é um dos locais de hospedagem credenciados pela associação dos amigos do Caminho da Fé. Apresentando a credencial de peregrino você provavelmente terá uma diaria reduzida.
Os 30 min de descanço em Tambaú levaram meu espirito para a próxima estágio até Casa Branca. Como um dos meus objetivos era poder mostrar o caminho a outros futuros peregrinos, decidi retomar a jornada e seguir pelo caminho original das setas amarelas, independente das condições do terreno. Devo, entretanto, avisar que existe a possibilidade de fazer a maior parte do percurso em asfalto, na estrada que liga Tambaú a Casa Branca. Caso você opte por fazer o caminho em estrada asfaltada o trecho também é 3,87 Km mais curto do que pelas estradas de terra. Eu mostro no vídeo o ponto onde voce pode continuar pelo asfalto ou optar pelo caminho original. Se eu tivesse optado pela asfalto eu provavelmente teria me poupado um dos 3 tombos que levei no caminho para Casa Branca.
Como mencionei acima, foi neste trecho que levei o segundo dos 3 tombos que cai durante minha jornada até Aparecida do Norte, por isso gostaria de ressaltar a importancia de se ter muita atenção ao terreno bem como uma bicicleta apropriada, se possivel, o que não era o meu caso. Por um descuido perdi o controle da bicicleta em uma pequena descida quando a roda da frente derrapou em um banco de areia na estrada de terra (o vídeo mostra o tombo tambem 🙂 ).
Aproximadamente 10 Km antes de chegar a Casa Branca passei com um grupo de 3 peregrinas a pé que haviam começado suas peregrinações em Tambau pela manhã desse dia. Elas estavam dispostas a caminhar até Aparecida, mas consideravam completar a peregrinação em diversos diversos, fazendo uma porção do caminho por um periodo de tempo, voltar para casa, e retornar a este ponto quando possivel para completar mais uma porção do caminho a pé repetindo isso até que todo o caminho tenha sido completado. Esta é para muitos que não dispõe de tempo ou condições de completar a peregrinação de uma vez só, uma válida opção de peregrinação. Encontrei com uma dessas 3 peregrinas ao chegar a Casa Branca, pois ela não estava se sentindo muito bem durante o caminho e resolveu pegar o onibus rural para Casa Branca. Suas 2 companheiras continuaram caminhando e chegaram em Casa Branca tarde da noite neste dia.
Ao chegar em Casa Branca as baterias do meu gimbal “morreram”, por isso uma pequena parte desse trecho foi gravada com a GoPro montado no guidão da bicicleta, por isso a trepidação da imagem é muito maior nesse trecho.
Ao chegar na igreja do Santuário de Nossa Senhora do Desterro, que mantém uma pousada de peregrinos, fui informado para me dirigir a casa do seu José e da Dina Maria, que são os responsáveis pela pousada. Normalmente o valor de R$ 70,00 que o peregrino paga pela acomodação na pousada inclui a janta, no dia de chegada e o café da manhã no dia seguinte, mas este não estava sendo um dia normal para a seu José e Dona Maria. O filho deles havia sido sequestrado por crimonosos quan além de roubarem sua motocicleta tambem bateram muito nele. ao ponto de ser admitido no hospital da cidade.. Dona Maria estava, com razão muito nervosa e preodupado com o filho e por isso não fez janta naquela noite. Apesar do sequestro e das pancadas dos ladrões, o filho de Dona Maria estava relativamente bem e voltou para casa naquela noite. Por esta razão o seu José descontou R$ 20,00 pela janta e nos deu o número de um serviço de tele-entrega de comida caseira em marmitas que custou exatamente o valor descontado.
Depois de um merecido banho e um pequeno descanço o seu José me mostrou onde ficava a lavanderia e me deu sabão em pó para que eu pudesse lavar a roupa suja no tanquinho. Deixei a roupa secando no varal coberto da lavanderia e fiz o pedido da janta, juntamente com as outras peregrinas que havia encontrado no caminho. As marmitas chegaram em 20 min e juntamente com a janta tambem recebi um delicioso suco de laranja espremido na hora. A comida era farta e estava uma delicia tambem.
Apesar do meu quarto ter 3 camas eu era o único peregrino dormindo nele naquela noite. O quarto também contava com seu próprio banheiro e uma salinha separada com uma TV, um sofa e uma mesa. Deu pra assistir o jornal Nacional enquanto eu fazia minha refeição. As outras 3 peregrinas tambem tinham um quarto separado só para elas. O clima estava excelente, nem muito quente, nem frio, ótimo para uma caminhada e algumas fotos noturnas na area do santuário.
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Neste artigo eu cubro minhas experiências no segundo dia dos 12 dias da peregrinação, a partir da cidade de Cravinhos até Santa Rosa de Viterbo, ambas no interior de São Paulo.
Conforme explicado no artigo de introdução, eu dividi o caminho em 21 estágios, definidos pelo mapa oficial do caminho. Cada estágio representará 1 vídeo nesta jornada e por isso este artigo contém 2 vídeos, pois cobri 2 estágios neste dia.
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Uma boa noite de sono bastou para que eu me recuperasse da exposição ao sol, da poeira, da areia e dos erros do dia anterior. A mesa de café da manhã no hotel estava repleta de coisas importantes para sustentar-me durante o dia de pedal (entre outros, presunto, queijo, ovos mexidos, variedade de geléias e pão, frutas e cereais).
Eu tinha lavado a roupa do dia anterior no banheiro do quarto e ela estava seca. O hotel tem uma área no fundo onde eu pude também lavar a bicicleta com uma mangueira e colocar um pouco de óleo na corrente.
Peregrinos com pressa para chegar ao seu destino, talvez teriam que acordar muito mais cedo para realizar todas essas tarefas antes de sair, mas felizmente não era o meu caso. Acordei por volta das 08:00 e só sai do hotel por volta das 10:30. Depois de deixar o hotel, o desafio era reencontrar o caminho pois não havia nenhuma seta amarela saindo do hotel. Meu plano foi então o de voltar para o centro da cidade e retomar o caminho a partir do ponto que eu tinha cometido meu erro no dia anterior, mas bem antes do centro da cidade eu passei pelo Hotel pousada Girassol, o outro hotel credenciado na lista de hospedagem. O hotel está situado poucos metros antes do posto de gasolina onde eu parei para pedir informações.
Tendo morado boa parte da minha vida fora do Brasil, sempre me surpreendo com a facilidade de fazer amizades neste País (as vezes hostil), mas tão hospitaleiro. No posto de gasolina encontrei João Candosim, ele próprio um peregrino de Aparecida, e que me apontou para a próxima seta amarela, pouco depois do posto. Dei a João um dos cartões de visita do meu blog e para minha agradável surpresa nos tornamos amigos no Facebook mais tarde.
Se você assistiu ao vídeo do estágio anterior, ao assistir o vídeo deste estágio você verá que a partir de um certo ponto as imagens são as mesmas até chegar ao posto Frango Assado a beira da Via Anhangüera (SP-330).
Quero deixar uma nota de advertência, especialmente para peregrinos em bicicletas (bicigrinos), para tomarem cuidado com os cães soltos logo na saída de Cravinhos . Quando eles me viram vieram correndo e latindo em minha direção, mas eu não tive a impressão que queriam me atacar, apenas me avisar que eu estava entrando no território deles. Eu desmontei da bicicleta e fiquei parado olhando para eles sem demonstrar medo e logo eles se acalmaram (essa estratégia pode não funcionar sempre).
Ao chegar no posto Frango Assado eu parei para reabastecer minhas garrafas d’agua e encontrei com 2 peregrinos em bicicleta que também tinham a intenção de pedalar até Aparecida. Eles tinham saído de Ribeirão Preto naquela manhã e tinham a intenção de fazer o caminho todo no asfalto apesar de estarem pedalando bicicletas mountain bike de suspensão dianteira e traseira, ideais para as estradinhas e trilhas de terra do Caminho da Fé. Não existe certo ou errado na sua peregrinação. Ela é individual.
Depois do posto de gasolina eu continuei pedalando até chegar ao pequeno monumento a Nossa Senhora, um local bonito e bem conservado e que pareceu ser o momento ideal para um pouco de descanso, agua e oração. Foi neste momento que troquei as baterias do gimbal e para meu azar acabei deixando as baterias reserva lá naquele local. Elas foram encontradas por outros peregrinos mais tarde, mas retorna-las para mim provou não ser viável devido ao custo.
Eu planejava trocar as baterias do gimbal e da câmera a cada 90 minutos, colocando as baterias usadas para carregar a partir de um power bank de 22.000 mAh dentro da bolsa de guidão. Tendo perdido as baterias reservas do gimbal significou que pelo resto do caminho eu não poderia usá-lo enquanto as únicas baterias que restavam estavam carregando (o tempo de recarga variava entre 45 min a 1h). Eu continuei gravando o caminho, mas sem usar o gimbal enquanto suas baterias estavam recarregando, o que infelizmente aumentou muito a trepidação da imagem.
Uma boa parte desse trecho foi ao longo da Via Anhangüera e proporcionou interessantes paisagens ao longo do caminho, incluindo uma visão de campos queimados que deve ser uma ocorrência comum nessa época do ano devido ao clima muito quente e seco e, talvez, outras razões menos naturais.
Até o ponto onde cruzei por baixo da Via Anhangüera o terreno foi bem menos arenoso e poeirento que do dia anterior (mais firme), mas a partir daquele ponto voltou a ter muita areia e poeira ao ponto que, se você estiver pedalando, você provavelmente terá que desmontar e empurrar a bicicleta com frequência.
Neste estágio você também terá que caminhar ou pedalar no acostamento da SP-253 por alguns quilômetros, até que você volte a uma trilha de terra e areia ao lado da estrada. Eu me senti relativamente seguro pedalando na estrada pois o acostamento é plano e largo e a maioria dos motoristas abriam boa distância ao me ultrapassar.
Pouco antes de chegar em São Simão você também terá que cruzar por cima dos trilhos de uma estrada de ferro e no meu caso eu demorei muito tirando fotos do local o que me obrigou a ter que esperar até o trem de carga passasse e foi um trem bem comprido e que demorou vários minutos para passar.
A cidade de São Simão é pequena e as setas amarelas são bem frequentes o que impede o risco de você se perder. Antes de chegar ao Hotel São Simão, a única opção de hospedagem na lista oficial da Associação dos amigos do caminho, eu parei junto a uma revenda de veículos usados e perguntei a dois senhores que estavam lavando os carros se eu poderia jogar uma agua na bicicleta para tirar o pó. Eles me perguntaram de onde eu estava vindo e para onde eu estava indo. Eles sabiam do caminho da fé, mas não sabiam que eram as setas amarelas que indicavam o caminho para Aparecida aos peregrinos. Agora eles sabem 🙂
O pessoal do Hotel São Simão foi muito gentil. Carimbaram minha credencial de peregrino e me ofereceram agua e frutas.
Estágio 4: De São Simão para Santa Rosa de Viterbo + Video
Ao deixar o Hotel São Simão eu fiz um pequeno desvio para visitar a avó de outro peregrino que eu conheci através do grupo de Facebook da Associação dos Amigos do Caminho da Fé. Ao chegar lá, expliquei quem eu era e porque estava ali e para minha surpresa Dona Vera Burin e sua filha Angélica me receberam quase como se eu fosse um membro da família.
Este é um dos mais positivos aspectos da cultura Brasileira. A habilidade de confiar em desconhecidos e recebe-los bem.
A grande diferença entre o Brasil e a Irlanda, entretanto, são os óbvios perigos do Brasil devido aos altos índices de criminalidade, principalmente em grandes cidades. Mesmo assim, os brasileiros ainda conseguem confiar e ajudar uns aos outros. Gostaria de deixar aqui meu sincero muito obrigado, não apenas a Dona Vera e sua filha Angélica, mas também ao André que se comunicou comigo e pediu para que eu passasse lá e dissesse um “Oi”.
Infelizmente eu estava com um pouco de pressa e tive que declinar o convite para um café, mas foi ótimo tê-las conhecido.
Como peregrino, entretanto, fui agraciado com vários gestos de generosidade durante minhas peregrinações e cada vez que isso acontecia reforçava minha crença que a maioria das pessoas na terra são boas e que o bem supera em muito o mal. Talvez seja por causa disso que existe a dificuldade em se eliminar o mal das nossas sociedades.
Como as baterias do Gimbal ainda estavam carregando dentro da bolsa de guidão, eu decidi colocar a câmera dentro da caixinha a prova d’agua e instala-la no suporte de guidão, o que causou um grande aumento na trepidação da imagem. Em dias subsequentes ao invés de colocar a câmera no guidão eu experimentei colocando-a no suporte de capacete na esperança que isso diminuiria um pouco a trepidação, mas a melhoria foi praticamente insignificante. Como eu só tinha um jogo de baterias para o gimbal sobrando eu tentei preserva-las o máximo para usar o gimbal em terrenos mais acidentados, como estradas de terra, por isso quando eu pedalava em asfalto eu com frequência parava de usar o gimbal para recarregar as baterias.
Ao sair da cidade de São Simão você vai caminhar ou pedalar por aproximadamente 3 Km na SP-253. Esta estrada tem acostamento, mas ele me pareceu mais estreito que antes de São Simão. A maioria dos motoristas respeitavam minha presença e mantiveram uma boa distância quando passavam por mim, mas é bom ter cuidado.
Depois de 3 Km você vai cruzar a estrada e virar à esquerda para pegar uma estrada de terra e de novo, muita poeira e areia. Nesse ponto as baterias do gimbal já estavam 100% carregadas e pude instalar a câmera de volta no suporte de peito.
Em alguns pontos destas estradas de terra elas ficam bem estreitas e pareciam ter um trafego mais intenso que outras estradas de terra que eu havia pego antes. Quando carros e caminhões passavam por mim eles levantavam uma grande quantidade de pó o que tornava difícil para mim respirar devido a minha asma. Tossi muito em alguns pedaços nestas estradas (se você assistir ao vídeo você vai ver). Também foi necessário empurrar a bicicleta em muitos trechos, pois a areia era tão profunda que se tornou inútil tentar pedalar (nenhuma tração nas rodas).
Apesar disso tudo também existem lindos trechos por onde você vai pedalar ou caminhar entre florestas de pinhos que oferecem além de uma linda paisagem também muita sombra para o proteger do sol.
Ao se aproximar de Santa Rosa de Viterbo, você vai voltar para a SP-253 novamente, o que me leva a notar que para aqueles que desejarem evitar as estradas de terra, o caminho pela rodovia será bem mais curto e rápido, mas possivelmente mais perigoso também. Você terá que tomar essa decisão várias vezes durante o Caminho da Fé. O conforto mais perigoso do asfalto ou os desafios físicos de pedalar “off-road”.
Ao chegar nos arredores de Santa Rosa de Viterbo você ficará feliz em encontrar uma ciclovia de aprox. 1,5 Km, totalmente segregada do transito automotor, o que torna o pedal para a cidade muito mais seguro.
O Hotel Malim é, no momento que escrevo este artigo, o único na lista de hospedagem na cidade. A lista indica que existem 2 opções de acomodação, uma custando R$ 60,00 e outra R$ 85,00. Ao chegar lá constatei que a lista talvez está desatualizada devido a inflação ou aumento nos preços, por isso é sempre bom você verificar antes, se não quiser ter uma surpresa ao chegar no local. Eu paguei R$ 75,00 por um quarto com banheiro privativo, mas sem TV, nem ar-condicionado. Havia também a opção de quartos com TV e ar por R$ 90,00.
Encontrar o hotel é bem fácil. Simplesmente siga em frente na rua principal da cidade e o hotel fica do lado esquerdo.
O hotel tem um paraciclo na parte de trás onde você pode prender sua bike, o que eu aconselho você fazer, pois os funcionários / hotel não se responsabilizam por ela. Me pareceu ser um local bem seguro, mesmo assim eu prendi a bike e tirei tudo de valor dela. Na parte de trás também tem um espaço onde você pode dar um banho de mangueira na bike para tirar a poeira.
Depois de um bom banho e uns 30 min de descanso, sai do hotel a pé para encontrar um restaurante que foi recomendado pelo recepcionista do hotel, o restaurante Issagawa Neto & Cia. Não parecia haver muita opção onde comer na cidade e neste restaurante você tem, entre outros no menu, opções de uma refeição com entrada, prato principal e um refrigerante por R$ 17,50. A comida é boa e por esse preço, até mesmo os bons de prato vão sair do restaurante bem fartos.
Depois da janta voltei para o hotel, fui dar uma olhada nos meus e-mails e navegar na internet um pouco antes de dormir. O hotel tem WiFi gratuito e o sinal no meu quarto era bom.
Apesar de existir no quarto alguns mosquitos, consegui dormir muito bem. Aconselho você levar consigo uma latinha de repelente de insetos sem cheiro. Em alguns lugares você vai precisar, especialmente nas noites quentes de verão e em áreas rurais. Foi assim que meu segundo dia de Caminho da Fé terminou.
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Se este é o primeiro artigo da série do caminho da fé que você está lendo, eu recomendo que você dê uma olhada no artigo sobre a introdução ao caminho da fé, publicado no dia 28 de fevereiro de 2017. Aquele artigo explica o que é o caminho da fé, as razões pelas quais eu decide fazer ele e provém informações que podem ser úteis aqueles que decidirem fazer o caminho da fé também.
Neste artigo eu cubro minhas experiências no primeiro dia dos 12 dias da peregrinação, a partir da pequena cidade de Sertãozinho até Cravinhos, ambos no interior de São Paulo.
Conforme explicado no artigo de introdução, eu dividi o caminho em 21 estágios, definidos pelo mapa oficial do caminho. Cada estágio representará 1 vídeo nesta jornada e por isso este artigo sobre o primeiro dia contém 2 vídeos, pois cobri 2 estágios neste dia. O primeiro estágio foi entre Sertãozinho e Dumont e o segundo entre Dumont e Cravinhos.
Você pode baixar o mapa oficial do caminho da fé a partir da website da Associação dos Amigos do Caminho da Fé, assim como também um guia de hospedagem para os diversos ramais do caminho. A maioria das hospedagens no guia são de pousadas familiares rurais ou urbanas. Tipicamente eles cobram uma diária básica que inclui as refeições (janta e café da manhã). Alguns estabelecimentos nesta lista, entretanto, são hotéis, mas a maioria dos hotéis na lista vão te oferecer uma diária reduzida de peregrino perante a apresentação da credencial de peregrino.
Conforme planejado na noite anterior, acordei cedo e desci para a sala do café para tomar café da manhã junto com a equipe da rede Globo. Eles tiraram muitas fotos dos jornalistas tomando café da manhã e também me ajudaram a tirar algumas fotos de mim. Antes de partir nós gravamos a entrevista no estacionamento do hotel, sendo que muitos “takes” foram necessários devido ao barulho da rua e outros erros básicos. Por exemplo, durante a entrevista eu mencionei que iria gravar o caminho todo em “time-Lapse” com uma GoPRO 4 e a mera menção da marca da câmera invalidou a gravação devido ao marketing indireto.
De tudo que foi gravado naquela manhã apenas uma pequena fração foi ao ar. Nos meus 3 segundos de fama em cadeia nacional eu apareço dizendo que o caminho é, em sua maioria, em estradas ou trilhas de terra, o que o torna muito difícil. À primeira vista isto é meio obvio, mas o que está faltando no contexto daquela sentença foi o fato de que estávamos conversando sobre minhas peregrinações anteriores para Santiago de Compostela na Espanha e Roma na Itália (Via Francigena)e que nestas peregrinações a maioria do percurso foi em estradas pavimentadas, o que me fazia acreditar que o caminho da fé seria um desafio mais difícil apenas da distância ser mais curta. Mas tudo bem. Estou feliz de ter tido a oportunidade que tive.
Depois da entrevista o operador do drone me seguiu de carro e fez algumas gravações aéreas, me instruindo a tomar certas atitudes que do contrário não seriam da minha natureza fazer, como levantar meus braços aos céus na frente da estátua de Nossa Senhora na saída de Sertãozinho . Devido a todas estas atividades eu deixei Sertãozinho bem tarde, por volta das 10:30 da manhã. Mais ou menos 1 Km depois da estátua de Nossa Senhora, eu cruzei por baixo da autoestrada, entrando pouco metros depois em uma estrada de chão dentre a plantações de cana de açúcar.
Uma pessoa em uma moto parou e me acompanhou por alguns metros fazendo perguntas como, para onde eu estava indo e se estava sozinho, que eu honestamente estava muito relutante em responder. Acho que era uma pessoa de bem, mas é assim que muitos assaltos acontecem. O resto do meu pedal até a pequena cidade de Dumont foi tranquilo, apesar de muita poeira e areia.
Praticamente o caminho inteiro é entre plantações de cana de açúcar, por isso a paisagem não é muito excitante, mesmo assim você vai encontrar lugares que merecem algumas fotos.
Ao chegar em Dumont eu parei para tirar algumas fotos e determinar onde eu poderia carimbar minha credencial de peregrino. Quando descobri que a pousada Veronezi, na lista de acomodações da associação dos amigos do caminho, ficava fora da cidade, eu continuei o pedal até chegar lá.
Ao chegar na fazenda dos Veronezi, eu virei à esquerda e fui em direção a Casa Veronezi, a loja de carnes da fazenda e acabei levando um tombo nas pedras soltas do estacionamento. Foi um tombo bem ridículo devido ao fato da roda da frente derrapar nas pedras e meu pé direito ficar preso no firma-pé do pedal. Acabei rasgando meu “pernito” (protetor de pernas) da Castelli que é uma peça de vestuário que eu gostava muito 🙁
Na case de carnes conheci o Alvaro (que toma conta da loja) e ele me indicou o caminho até a Dona Helena Veronezi, Mãe dele e que cuida da pousada. Eles são pessoas muito boas. Dona Helena carimbou minha credencial e me ofereceu água e frutas. Ao deixar a pousada Dona Helena me falou que logo adiante, próximo ao lago do pesque e pague havia uma porteira trancada e que eu deveria dar um pulo no bar do pesque e pague e pedir a chave do cadeado.
Depois da porteira continuei por dentre plantações de cana até chegar ao bar do Zé Goleiro que é um estabelecimento literalmente no meio de nada e que já existe desde de 1937, mas que, com a morte do Zé Goleiro em 2009, vem sendo administrado pelo seu filho. É um lugar muito interessante com um monte de “trecos” pendurados no teto.
O mapa do caminho indica que a distância entre Dumont e Cravinhos é 37 Km, mas não deixa claro onde em Cravinhos esses 37 Km terminam. Os dois estabelecimentos na lista de hospedagens são um pouco afastados do centro da cidade, especialmente o que eu decidi pernoitar, o Cravinhos Park Hotel, que também parecia ser o melhor dos dois. Eles aceitam cartão de crédito, apesar de não estar indicado na lista.
Ao chegar em Cravinhos eu cometi o erro de assumir que as setas amarelas iriam me indicar o caminho para estes estabelecimentos. A menos que eu tenha deixado de ver uma seta em algum lugar, elas na verdade indicam o caminho para fora da cidade. Eu honestamente só vi setas amarelas apontando na direção que eu fui.
Infelizmente, teimoso como sou, eu continuei seguindo as setas amarelas para fora da cidade, só parando no posto Frango assado uns 7 a 8 Km fora da cidade para pedir informações. Para ser honesto, uma vez que sai da cidade não apareceu ninguém para pedir informações, mas eu deveria ter feito isso antes.
Quando os frentistas do posto me indicaram que eu estava bem longe e teria que voltar uns 10 Km, fui confrontado com a decisão de voltar ou seguir adiante. Decidi voltar porque já estava anoitecendo e de acordo com o mapa, a cidade seguinte ficava a 31 Km de distância, talvez um pouco menos pois eu já tinha pedalado uns 7 Km para fora de Cravinhos.
Este erro obrigou-me a pedalar 18,69 Km a mais, ou seja, eu pedalei 55,69 Km no total entre Cravinhos e Dumont neste dia. Por isso fica aqui a dica para que você preste atenção ao chegar em Cravinhos e não cometa o mesmo erro que eu. Quando eu cheguei no hotel já estava bem escuro, o que não foi legal, mas tudo faz parte da aventura. Em uma peregrinação você sempre deve esperar o inesperado.
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This GPS file represents the route I took between these two locations during my Via Francigena pilgrimage by bike from Canterbury, in the UK, to Rome, in Italy.
The route contains mistakes and tracks I may not recommend you to take, so it is important to read the respective posts for more context.
Antes de dar início à minha própria introdução ao Caminho da Fé, convido você a assistir o vídeo institucional produzido pela Associação dos Amigos do Caminho da Fé (AACF).
Espero que o vídeo acima tenha fornecido um “gostinho” do que é Caminho da Fé, vamos portanto a minha própria introdução sobre o Caminho. Eu narro a maior parte dessa introdução (mas não tudo) no video abaixo, portanto, se voce não gosta de ler, fique a vontade para assistir o vídeo e pular o texto.
Decidi publicar esta introdução principalmente para aqueles que nunca ouviram falar do Caminho da Fé, mas também para aqueles que já o conhecem, mas que não o fizeram ainda.
O Caminho da Fé é uma rota de peregrinação idealizada por 3 peregrinos que fizeram a pé o famoso Caminho de Santiago de Compostela na Espanha e decidiram criar no Brasil uma rota de peregrinação, nos mesmos moldes de Compostela, a partir de Águas da Prata em SP até o Santuário Nacional de Aparecida do Norte.
Para aqueles que nunca ouviram falar do Caminho da Fé, recomendo uma visita ao site da Associação dos amigos do Caminho da Fé: www.caminhodafe.com.br ou uma rápida procura no Google, pois a disponibilidade de informações sobre ele na internet é muito grande.
Existem também grupos no Facebook e outras redes sociais que reúnem peregrinos passados, presentes e futuros e facilitam a troca de informações.
O proposito deste artigo, no entanto, é explicar a minha história, as razões pelas quais eu decidi fazer o caminho, porque decidi iniciar em Sertãozinho e o que eu pretendo publicar no meu blogue e canal do YouTube sobre esta experiência. Meu objetivo é ajudar, principalmente aqueles que nunca fizeram o caminho (ou qualquer outra peregrinação), a melhor se prepararem, mostrando a eles o que eles devem esperar em cada trecho, pelo menos se fizerem o caminho na mesma época e condições que eu fiz.
Para aqueles que já fizeram o Caminho, minha intenção é divulgar o caminho no Brasil e no exterior com as ferramentas que estão ao meu alcance. Espero que em diversos momentos, os vídeos e as matérias que publicarei vão trazer de volta boas lembranças e neste caso fiquem a vontade de compartilhar a experiência de vocês através de comentários, “Likes” e compartilhamentos.
Juntamente com este artigo eu também vou publicar a entrevista que gravei com o Sr Almiro Grings, o principal idealizador do Caminho da Fé. Esta entrevista foi gravada na sede da Associação dos Amigos do Caminho da Fé em Águas da Prata quando eu passei por lá. Tenho certeza que nas palavras do Sr Almiro o caminho da fé será muito melhor explicado.
Bem, primeiramente gostaria de dizer que o Caminho da Fé é a terceira peregrinação de longa distância que fiz de bicicleta até agora. Em 2015 fiz o caminho de Santiago de Compostela em bicicleta a partir da cidade Francesa de Saint Jean Pied de Port (o assim conhecido Caminho Frances) e em 2016 percorri os mais de 2000 Km que separam a cidade de Canterbury na Inglaterra até a cidade do Vaticano na Itália em uma rota de peregrinação conhecida como Via Francigena.
É difícil explicar em detalhes todas as razões pelas quais venho fazendo isso nos últimos 3 anos, mas uma resposta simples, e que provavelmente resumiria tudo, é: Eu gosto do desafio físico e mental e gosto também das oportunidades de introspeção que longos períodos pedalando proporcionam, que, por sinal, é uma experiência muitos semelhante àqueles que fazem a pé, mas requer menos tempo para complete-la.
Escolhi fazer o Caminho da Fé a partir de Sertãozinho por duas razões principais: A primeira é por uma certa facilidade logística a partir da cidade onde me encontrava vivendo no Brasil neste período. Havia a partir dessa cidade um ônibus direto para Ribeirão Preto no estado de SP, que fica a apenas 20 Km de Sertãozinho, e facilitava não ter que trocar de ônibus e ter longas esperas de conexão em rodoviárias, levando em consideração que eu estava levando toda bagagem de peregrino mais a bicicleta. A segunda razão é por ser o ramal Sertãozinho o mais longo de todos, pelo menos no período em que eu fiz o caminho. Eu queria passar mais tempo na estrada.
Se vocês estudarem o mapa do caminho da fé, disponível para download no site da associação dos amigos do caminho, vocês verão que existem várias outras opções de rotas, ou ramais como são conhecidos, por onde dar início a sua peregrinação, mas todas passam por Águas da Prata.
Neste artigo dou início aos trabalhos e publicações sobre o Caminho da Fé. Os artigos no blog e os vídeos que pretendo publicar no canal do YouTube seguirão o mesmo princípio aplicado as peregrinações anteriores. Tem o objetivo de mostrar aos outros graficamente como foram minhas experiências.
Eu ligo a câmera pela manhã, quando estou prestes a dar início ao trecho do dia e a desligo apenas quando chego ao meu destino ou a um lugar onde decido parar neste dia. Desta forma o objetivo é documentar em vídeo o caminho inteiro que eu tomei para que futuros peregrinos possam ter uma ideia do eu irão encontrar e talvez decidir por fazer um caminho diferente do que eu fiz. Como ninguém assistiria a uma gravação de 7, 8 horas ou mais eu faço uso de um tipo de vídeo chamado “Time- Lapse” que está sendo exibido no canto direito da tela. Neste modo de gravação a câmera tira uma foto de alta definição a cada 0.5 segundo e faz uma montagem acelerada de todas as fotos no final.
Cada 10 min no caminho representam algo como 10 segundos no vídeo, portanto um dia inteiro no caminho pode ser assistido em poucos minutos, sem que nem um metro sequer seja perdido. As desvantagens desse tipo de gravação são, obviamente a velocidade da imagem e a trepidação da câmera, como podem ver.
Esta trepidação pode ser minimizada com um dispositivo chamado “Gimbal“, cuja função e operação já expliquei em um artigo no Blog e um vídeo no canal. Esta foi a primeira vez que utilizei este dispositivo de maneira constante numa viagem de bicicleta, apesar de já no segundo dia ter perdido as baterias extras que eu estava levando. Mesmo assim o “Gimbal” tem limites e não consegue remover por completo as trepidações provenientes de buracos, pedras e outros obstáculos no caminho. A estratégia para o Caminho da Fé no blog é publicar um artigo e os respectivos vídeos no canal a cada 2 semanas, mas eu já sei que existirão semanas em que esta estratégia não vai funcionar por causa da rotina de intenso trabalho e viagens programadas para este ano.
No blogue, tenho a intenção de publicar 1 artigo para cada dia de viagem, mas se vocês olharem para o mapa do Caminho da Fé vão notar que a partir de Sertãozinho existem 21 trechos principais ao longo do caminho. A intenção é publicar no mínimo 21 vídeos mostrando estes trechos em detalhes, com as gravações em vídeo “Time-Lapse” conforme expliquei antes e algumas das muitas fotos que tirei ao longo do caminho.
Como pretendo que tudo seja bilíngue na verdade estamos falando de 42 vídeos no mínimo, não contando os vídeos de introdução e outros menores que fiz ao longo do caminho. Adicionando ao trabalho de editar os vídeos eu também tenho que escrever os artigos no blog em Português e Inglês, por isso eu não determinei um prazo para terminar este trabalho. Ele verdadeiramente vai terminar quando Deus quiser 🙂
Não é a toa que se chama Caminho da Fé… Eu tenho Fé que vou conseguir e conto com seu apoio.
Eu não faço este trabalho visando lucro algum, mas eu tenho várias despesas para manter o blog e obviamente este trabalho demanda muito tempo da minha parte. Na verdade, gasto muito mais tempo escrevendo e editando os vídeos do que todo o período da peregrinação em si, portanto se vocês estiverem se sentindo generosos, visitem minha página no Apoia.Se, através da qual vocês podem doar pequenos valores para ajudar na manutenção e no café para me manter acordado a noite.
Estatísticas, despesas e meu diario de bordo do Caminho da Fé
O arquivo Excel abaixo contém as estatiticas da viagem (conforme registradas pelo meu Garmin Edge 810), tais como distâncias, Elevação, velocidades, batimento cardiaco médio, etc, assim como as despesas ao logo da viagem, a acomodação e as anotações que gravei ao longo do caminho.
Dia ZERO: Minha viagem de onibus de Jataí to Sertãozinho
Eu decidi escrever um pouco sobre minha viagem de onibus de Jataí, no interior de Góias, para Sertãozinho não considerando que isso venha a ajudar outras pessoas, além daquelas que porventura queiram fazer esse caminho e que morem em Jataí, mas para ilustrar o quão dificil a parte logistica de uma peregrinação pode ser. Dependendo de onde você mora no Brasil (ou exterior) as conexões para Sertãozinho podem se tornar mais fáceis ou dificeis. Tentei em vão encontrar algum parceiro(a) que tivesse um veiculo próprio e estvisse a fim de vir comigo nesta aventura, mas isso é muito dificil devido a disposição das pessoas em se submeter a tal esforço fisico e, mais importante, ao tempo necessário, que é bastante significativo, longe do trabalho, da familia, etc.
Como não consegui encontrar ninguem comecei a pesquisar as alternativas. Jataí é uma cidade pequena que não dispõe de um aeroporto com linhas domésticas regulares, assim como Sertãozinho. Sertãozinho no entanto fica bem perto de Ribeirão Preto que tem um aeroporto regional com voos domesticos para varios destinos, incluindo Goiânia e São Paulo. O problema é que Jatai fica a 320 Km de Goiania e dessa forma eu teria que viajar várias horas de onibus de qualquer jeito. Decidi, portanto, pegar o onibus de Jataí diretamente para Ribeirão Preto, uma viagem longa e desconfortavel, mas tambem de um custo menor. Paguei R$ 135,00 na passagem de Jataí para Ribeirão Preto. A distância de Jataí para Ribeirão é de aprox. 715 Km, mas uma viagem que estava planejada durar 12h acabou atrasando por mais de 2h devido a uma parada obrigatória no posto da Policia Rodoviaria Federal em Uberaba, MG. A policia, aparentemente, havia recebido uma denuncia anônima de que alguém estaria traficando drogas para São Paulo neste onibus, que havia originalmente partido no Mato Grosso. A denuncia estava de fato correta, pois a policia encontrou o traficante, juntamente com 10 Kg de pasta base de Cocaína. Espere o inesperado!
Ao chegar em Ribeirão eu tinha a possibilidade de montar a bicicleta e pedalar até Sertãozinho, o que me recomendaram não fazer pois a rota passa por areas de alta incidência de crime, ou pegar o onibus coletivo. Ao chegar na Rodoviaria, fui me informar com funcionarios do local que me indicaram a plataforma de onde saia o onibus para Sertãozinho. Tive que descer de elevador, caminhar uns metros para a esquerda e subir de elevador novamente para chegar a plataforma. Ao chegar lá, o nibus para Sertãozinho já estava parado na plataforma e estava mais ou menos 3/4 cheio. Conversei com o motorista que me informou que o onibus tinha apenas um pequeno bagageiro, não grande suficiente para a bicicleta, mas que eu poderia sentar no assento reservado aos cadeirantes e segurar a bicicleta na vertical. A viagem para Sertãozinho foi rapido, cerca de 30 min e ao chegar na estação rodoviaria de Sertãozinho eu ontei a bicicleta e fui pedalando até o hotel (aprox. 1,5 Km de distância). Fiz o check-in no Hotel Agapito, que é o único hotel de Sertãozinho na lista de oficial de hospedagem da Associação dos amigos do Caminho da Fé, e peguei minha credencial de peregrino. A noite encontrei com a equipe da rede Globo de TV que iria fazer uma reportagem sobre o Caminho da Fé em celebração aos 300 anos de Aparecida.. Eu sabia que eles iriam estar la pois dias antes quando fiz minha reserva, o recepcionista do hotel havia me contado que eles estariam iniciando a peregrinação deles no mesmo dia. Saimos juntos a noite para jantar e conversamos sobre várias coisas como minhas peregrinações anteriores, e combinamos de nos encontrar para o café da manhã no dia seguinte e gravar uma entrevista para a reportagem deles.
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