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As suggested by my host in Alembon the day before, 8:00am I was downstairs for breakfast. Got to taste all the home made compote she does and home baked cake as well.
After breakfast I started packing. I confess, this is one of my weak points and something I definitely need to get better at. The Camino de Santiago has taught me a few lessons last year, which I seemed to have forgotten, but the Via Francigena is being quick at reminding me of them.
Before I left home I packed everything according to item type, e.g. clothes and footwear all in one pannier, electronics in another, 1st aid kit and items of personal hygiene in another and so on…
The thing is, when you are on the move and need something you don’t want to be opening several different panniers to get items you may need. The lesson I learned on the Camino was to pack a pannier with the most likely things you are going to need during the day (in the case of the Camino I packed it in a rucksack, as I had only 2 panniers then, where I now have 4), so you’ll only need to open one bag during the day, unless something out of the ordinary happens, which is not uncommon. I am, therefore, attempting to change the packing accordingly and moved several items around the panniers.
When I finished packing everything (took me about 25 min… yes, I am slow) brought everything downstairs, where the bike was, and started to load them in the bike. About 15 min later, when all panniers and the camping bag were loaded and fastened, I realised I was missing my Cateye cycling computer, which I thought I had placed in the handlebar bag together with the Garmin Edge 810. It wasn’t there. Went back to the room and searched everywhere as I knew I had it the day before… couldn’t find it. There was only one option left: Search in the panniers, which, as I mentioned before, were already loaded in the bike. I’ll give you one chance to guess if it was in the 1st pannier or in the last. Did you guess? Of course it was in the last. It must have fallen in the pannier as I was rearranging the packing. Altogether, I literally spend 1h looking for the damn thing. That meant I left the B&B only around 11:30am. For a pilgrim this is almost time of arrival, not time of departure. Anyway… need to give no excuses to anyone as I am alone, but it was a bit stressful. My own fault.
From Alembon I rode to Licques, where I managed to get a stamp from a water park there, as everything else was closed. Then to Tournehem-sur-la-Hem, where there was also nothing open. Not to say nothing, the church was open, but there was no one in it. From Tournehem my next destination was Thérouanne, where, according to my host the day before, there was a pilgrim’s hostel, but… everything was closed. I wasn’t planning to stay there anyway, as I wanted to ride more, so I rode further to Amettes where there is another hostel with special rates for pilgrims (€13/night). Guess what? Closed!
In all the villages I rode through everything was closed. Even the petrol stations were closed. if I wanted to setup camp somewhere I would have to go hungry as I couldn’t find anything open to buy food. I also couldn’t get any stamps on my Pilgrim’s credential which, upon arrival in Rome, is the document you have to show.
So I decided to continue riding to Bruay-la-Buissière as I knew it was a bigger town and there was bound to be something open. As I got there I asked several people about “auberges” or hotels but I couldn’t find any near, so I turned to Google which offered me a few, with one of the cheapest being the Ibis Style in the outskirts of town. Had to ride another 4 or 5 Km to get there and the daily rate wasn’t the €53 Google suggested, but €69 with Breakfast. By that point it was late and I was too tired to go searching for something cheaper, so that is where I stayed. The room was great and the hotel was near several restaurants. Had a really good meal at the 3 Les 3 Brasseurs.
When I left Alembon in the morning, the day was a bit unsettled and that made me forget to pass on the sunscreen on my skin. I live in the UK, so this is something we use very little there 🙂
The sunscreen was on the bottom of one of my panniers, which I really didn’t want to take off the bike again. The result was a really bad sun burn and fever at night which made for an uncomfortable night. I should have stopped to get the sunscreen… lesson number… ? (who’s counting anyway).
Well, that was it. I’m attaching a few pictures to this “post by email” which I hope will be self-explanatory. If you have any questions, just drop me a comment.
Before I close the post, have you made your donation to Mind UK, which is the charity I am sponsoring during this ride? Common, 20 quid will not be much at the end of the month and it’s all for a good cause.
Flickr API error: Invalid API Key (Key has invalid format)
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Bem-vindo de volta a minha série sobre a nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago. Este será o mais longo da séria, mas será tambem o último.
A maioria dos peregrinos que chega em Santiago de Compostela, terminam suas peregrinações ali, mas um número substancial de peregrinos continua suas peregrinações, a pé ou de bicicleta, até Fisterra, como conhecida em Galego, ou Finisterre, seu nome em Espanhol. Fisterra é a cidade mais próximo do Cabo Fisterra, o ponto mais ao Oeste da Europa, que os antigos Romanos acreditavam ser o fim do mundo conhecido, por isso seu nome.
Se você leu meu último post a respeito da nossa chegada em Santiago, você sabe que o dia seguinte permanecemos em Santiago para conhecer a cidade um pouco melhor e que no dia 9 de junho eu decidi continuar o pedal de Santiago até Fisterra. Este foi efetivamente o 16o. dia de peregrinação e fiz esta etapa de 94,45 Km de Santiago a Fisterra em 8h e 43 min, dos quais 5h e 53 foram em movimento.
Neste post vou escrever não apenas sobre este dia, mas sobre os 3 dias seguintes também. No dia 10 de Junho retornei a Santiago e passeie um pouco mais na cidade e nos dias 11 e 12 de Junho retornamos para Saint Jean / Pamplona e para a Inglaterra respectivamente.
Como eu estava indo para Fisterra por apenas 1 dia, eu usei apenas 1 dos alforjes para levar comigo apenas o essencial. Isso incluiu o saco de dormir, uma muda de roupa, havaianas, itens de higiene pessoal e a parafernália eletrônica para gravar e tirar as fotos. Foi muito útil ter a minha disposição o grande armário de metal no albergue e como Fernando havia decidido ficar em Santiago ele podia dar uma olhada nos poucos itens que não couberam no armário.
Se você decidir estender sua peregrinação de bicicleta até Fisterra essa é uma ótima opção, mas se você estiver caminhando a caminhada provavelmente vai durar 3 dias e não sei se é uma boa ideia deixar suas coisas no Albergue. Se você estiver caminhando você provavelmente vai precisar levar tudo consigo de qualquer maneira, pois estará em caminho por mais tempo.
Deixei o albergue pouco depois das 8 da manhã e cruzei pelo centro de Santiago para tentar capturar mais umas fotos da catedral. Me perdi um pouco, pois apesar de ter caminhado bastante pelo centro no dia anterior, ainda tinha sido o suficiente para me familiarizar com as pequenas ruas do centro que as vezes parecem ser muito parecidas umas com as outras.
Novamente eu usei Google Maps para me guiar até Fisterra e como já mencionei antes, essa tecnologia não é 100% garantida, especialmente pelo fato que na Espanha as rotas ciclísticas ainda não estão disponíveis no Google Maps, por isso eu usei as rotas dos andarilhos. Não quis usar a rota sugerida para automóveis com receio que o Google Maps me guiaria para uma autoestrada ou uma estrada muito movimentada.
Achar o caminho para sair de Santiago foi fácil, apesar de existirem bem menos indicações do que para se chegar em Santiago. Pouco antes de entrar na AC-453, que era a principal estrada para sair da cidade, eu parei em um Café para tomar café da manhã, pois não havia comido nada ao deixar o albergue. Depois do café pedalei uns 4 Km na AC-453 até chegar em uma rotatória cerca de 1 Km depois de Roxos, onde eu virei a direta no sentido de Portela de Villestro e Ventosa. Um fato estranho que percebo ao olhar o percurso agora é que na rotatória a estrada se dividia, mas ambos lados continuarem sendo chamados AC-453. Não entendo bem o sistema de nomeação de estradas na Espanha.
Se você decidir pegar a mesma rota que eu, uns 2 Km depois de Ventosa, prepare-se para algumas subidas que com uma bicicleta carregada podem ser meio desafiantes. Como eu estava consideravelmente mais leve, eu consegui subir sem precisar empurrar, se bem que bem devagar.
Depois de Augapesada você vai cruzar por uns trechos de florestas em ambos os lados da estrada. O Google Maps sequer mostra o nome dessas estradinhas, mas apesar de serem pequenas e um pouco estreitas o asfalto é bom. A próxima pequena cidade no caminho é Negreira, mas antes de chegar lá você vai cruzar por pequenas vilas como Castiñeiro do Lobo, Carballo e vai cruzar também sobre o rio Tambre em uma bonita ponte de pedra que te fornecera algumas oportunidades de tirar umas fotos legais. Pouco antes da ponte havia um restaurante que eu gostaria de ter parado por uns instantes, mas ele estava fechado quando eu cheguei. Depois de cruzar o rio você também vai passar na vila de Barca antes de chegar a Negreira.
Eu parei apenas por alguns minutos em Negreira para pedir informações e para conversar com um grupo de ciclistas portugueses que também estavam pedalando para Fisterra. A cidade parece ter uma boa infraestrutura e talvez seja uma boa opção se você está caminhando para Fisterra e consegue fazer em 1 dia os 24 Km do albergue em Santiago até lá.
Depois de Negreira a densidade populacional parece diminuir e a distância entre os vilarejos parece aumentar, mas isso pode ter sido apenas impressão minha. O Google me guiou para a DP-5603 na direção de Zas. Depois de uns 10 Km na DP-5603, uns 3 Km depois da vila de A Pena, o Google me instruiu a deixar a estrada e pegar umas estradinhas vicinais, que apesar de bem estreitas tinham um bom asfalto. Admito que fiquei meio com o pé atrás de sair da estrada principal, mas eu segui as instruções do Google Maps mesmo assim, até uns 3 Km depois quando perdi o sinal de celular. Felizmente o Google havia armazenado informações suficientes no telefone que me permitiram ter uma ida sobre a direção a tomar, mas olhando para o mapa agora, enquanto escrevo estas linhas, observo que havia um caminho um pouco mais curto, através do vilarejo de Vilaserio, para se chegar ao vilarejo de Pesadoira. O caminho que eu tomei tinha bastante subida e muitas curvas.
Pouco antes de chegar em Pesadoira consegui algumas informações de dois fazendeiros e segui adiante para Cuíña, San Fins de Eirón e Corveira antes de retornar a uma estrada principal, a AC-400. Com apenas 1 Km na AC-400 o Google já me mandava sair da estrada novamente, mas por sorte consegui pegar informações com um amável fazendeiro que estava em cima do seu trator. Ele desligou o motor, desceu do trator e veio conversar comigo. Batemos um bom papo de quase 5 min e ele me aconselhou a não seguir as sugestões do Google e continuar na AC-400 até Pino do Val. Eu opto por informações de nativos na maioria das vezes, mas nem sempre. Neste caso a recomendação estava correta, pois apesar do caminho na AC-400 ser bem mais longo, ele era plano e evitava subir uns morros bem altos. Foi a opção mais rápida e menos cansativa, apesar da distância maior. Em Pino do Val dobrei a direita na rotatória e peguei a DP-3404 na direção de A Picota e Mazaricos, na qual eu fiquei até pouco depois do vilarejo de Hospital. Antes de chegar a Hospital eu parei por uns 25 min no vilarejo de Olveiroa para tomar um suco de laranja feito na hora e comer uma banana. Olveiroa tem um albergue legal e parece ser um bom local para dormir se você está caminhando para Fisterra.
Depois de Hospital virei à esquerda e peguei a DP-2302 que me levou até a cidade de Cee. Existem várias pequenas vilas no caminho e alguns bons lugares para dar uma descansada se você quiser, como restaurantes de beira de estrada, etc.
Cee é a próxima cidade e onde você vai encontrar o mar pela primeira vez. Ela é bem colada em Corcubión e eu não sei onde uma cidade termina e a outra começa.
Depois de Corcubión prepare-se para 3 Km de subida até alcançar a praia de Sardiñeiro de Abaixo. Pouco antes de Sardiñeiro existe uma área de camping que também pode ser uma boa opção para dormir e ela fica bem em frente à praia de Estorde, onde você também encontrará restaurantes para jantar. Depois de Sardiñeiro você vai basicamente seguir pela linha costeira e vai ter ótimas oportunidades de tirar boas fotos do mar.
O Google Maps indica que pouco antes de Fisterra existe um vilarejo chamado Escaselas, mas como ele parece ser colado com Fisterra eu achei que já havia chegado aos subúrbios da cidade.
Ao chegar em Fisterra dei um giro pela área do porto. A rua que você vai chegar em Fisterra termina bem em frente ao albergue municipal, mas de alguma forma eu não vi a placa. Depois de pegar informações com pessoas locais foi fácil achar o albergue. Fiz o “check-in” e recebi meu certificado de ter completado o caminho Jacobeo ao longo da assim chamada costa da morte.
Assim como muitos outros antes, o Albergue em Fisterra é simples, mas mais que suficiente. Não havia sinal de Wi-Fi no quarto onde fiquei, no andar superior do prédio. O quarto tinha algo como 5 ou 6 beliches. O Albergue municipal custou €6 e tem 36 camas. Ele conta com uma cozinha e lavanderia.
Tomei um banho e dei uma saída a pé para encontrar um local para jantar. Depois da janta caminhei um pouco pela cidade e voltei para o Albergue. Decidi não caminhar (ou pedalar) até o farol do cabo Fisterra, uns 3 Km da cidade, pois honestamente as variações climáticas do dia me enfraqueceram. Conforme a tradição, muitos peregrinos vão para o farol ao cair da tarde para queimar uma peça de roupa ou um artigo que trouxeram consigo de sua origem para simbolizar a queima das preocupações deixadas para trás e o recomeço de uma nova vida.
Assim termina aqui a narrativa desse dia de pedal para Fisterra. Fui cedo para cama pois queria pegar o primeiro ônibus (por volta das 8:00h) de volta para Santiago para ter tempo de passear por lá um pouco e talvez assistir à missa do Botafumeiro.
Eu consegui pegar o primeiro ônibus de volta para Santiago e consegui também colocar minha bike no bagageiro do Ônibus sem precisar desmonta-la, apesar que, depois descobri que os outros passageiros simplesmente jogaram suas bagagens em cima da bike, o que não foi legal. Para ser correto, entretanto, devo admitir que a bike tomou um monte de espaço no bagageiro, por isso não posso reclamar. Felizmente não houve estrago nenhum na bike.
Como eu consegui pegar o “direto”, que para em menos lugares, cheguei em Santiago antes das 10:00h o que me deu a oportunidade de pedalar um pouco pela cidade e ver algumas áreas que eu tinha visto apenas de longe nos dias anteriores, como o Parque Alameda no centro, cheio de oportunidades fotográficas para serem clicadas.
Uma vez que o Albergue Fin del Camino não abre até as 11:00h programei meu passeio de maneira a chegar no albergue por volta do horário de abertura.
Ao chegar, tomei um banho, troquei de roupa e voltei caminhando ao centro da cidade para assistir à missa. Fernando havia feito alguns novos amigos no albergue e havia decidido ir com eles de Ônibus para Muxia. Quando cheguei na catedral a missa já havia iniciado, mas ainda em tempo de assistir ao Botafumeiro.
Depois da missa fui novamente caminhar pelo centro e fazer umas comprinhas (lembranças para família e amigos). Fiquei 3h caminhando e voltei para o Albergue no final da tarde. No dia seguinte tinha que acordar cedo para ir ao aeroporto pegar o carro de aluguel que havíamos reservado a partir da Inglaterra, por isso as 22:00h eu já estava na cama. Foi um dia de pouco pedal, mas de muita caminhada, por isso eu estava bem cansado.
No dia seguinte levantei da cama por volta das 7:00h, pois tinha que estar no Aeroporto as 9:00h para pegar o carro de aluguel na Hertz Rental. Existe um ônibus que passa na avenida N-634 (a avenida a 2 quadras do albergue, ao lado do shopping center) que vai direto ao aeroporto e o ponto de ônibus é bem em frente à igreja de San Lazaro, menos de 10 min caminhando a partir do Albergue. A viagem de ônibus até o aeroporto dura por volta volta de 25 min. Para aqueles que deixam Santiago de avião esta também é uma boa dica.
Ao chegar no aeroporto havia já uma pequena fila no balcão da Hertz, mas fiquei muito feliz em receber um “upgrade” grátis para um carro maior (um Renault Megane), o que significou que foi mais fácil carregar as bikes no carro e que tínhamos mais espaço para as pernas também. Estou ciente que muitos peregrinos, assim como nós, precisam voltar para Santiago. Alugar um carro não é a opção mais barata se você está fazendo a peregrinação sozinho, mas se você estiver em um grupo de no mínimo 2 pessoas os custos já começam a se equipar com os custos das passagens de trens e ônibus.
Antes de sair da Inglaterra, minha pesquisa pela internet indicou que o preço da passagem de trem de Santiago para Pamplona seria de aprox. €40 para cada um (€80 para nós dois), não levando em consideração possíveis adicionais por causa das bicicletas. A viagem de trem dura, aparentemente, 9h e teríamos que pegar no dia seguinte um ônibus de Pamplona para Saint Jean cujo tíquete, segundo minha pesquisa, custa por volta de €20 para cada um, sem contar possíveis adicionais pelas bicicletas. Portanto, eu calculei que o custo estimado para nós dois retornarmos de trem e ônibus para Saint Jean seria por volta de €130. Como nós pagamos £80 pelo aluguel do carro e mais €45 de combustível o custo total do retorno de carro foi por volta de €150. Na minha humilde opinião, o conforto de poder partir quando quiséssemos e pegar a rota que quiséssemos, agregado a maravilhosa vista do litoral norte da Espanha, valeu os estimados €20 de diferença.
Ao retornar de carro para o albergue, carregamos as bikes e a bagagem e antes de pegarmos a estrada paramos em um café perto do albergue para tomar café da manhã. Decidimos pegar a rota do Norte e dirigimos na autoestrada AP-9, também conhecida como Autopista del Atlántico, até A Coruña e continuamos pelo norte na direção de O Ferrol seguindo a rota da costa em estradas e autoestradas pelas cidades de Oviedo, Santander e Bilbao.
Se você gosta de dirigir, eu recomendo muito esse roteiro. As grandes pontes sobre vales, as vistas do mar e os inúmeros tuneis fazem desta rota uma atração em si própria. Existem alguns pedágios no caminho (consigo lembrar de pelo menos 1 junto a entrada de um túnel em Bilbao), mas os preços não são nada parecidos com os ridículos valores praticados na França (algo por volta de €1,30 ou €2). Antes mesmo de sair da Inglaterra, eu estava bastante entusiasmado para dirigir por essa rota no norte da Espanha e não fiquei desapontado.
A viagem de volta a Saint Jean durou por volta de 8h a ao chegarmos em Saint Jean meu carro estava exatamente como o havíamos deixado 3 semanas antes. Transferimos as bikes e bagagens do carro de aluguel para meu carro e enquanto eu dirigi o carro de aluguel, Fernando dirigiu meu carro para Pamplona, pois era no Aeroporto de Pamplona que tínhamos que retornar o carro de aluguel.
A pequena viagem de Saint Jean para Pamplona foi muito interessante também, pois fizemos de carro praticamente o mesmo caminho que havíamos feito de bike 3 semanas antes. Levou apenas uns poucos minutos para chegarmos no Passe Roncevaux (Ibañeta) a 1057m acima do nível do mar, enquanto que 3 semanas antes levamos mais de 6h para chegar lá de bike. Isso me fez pensar como é fácil se deixar corromper pelos confortos da vida moderna.
Uma vez que eu havia programado meu TomTom para nos guiar para o aeroporto em Pamplona, depois de Roncesvalles ele nos fez sair da estrada principal e pegar estradas secundarias e eu tenho a impressão que o caminho pelo qual ele nos levou não foi o mais rápido. Acredite se quiser, só precisei abastecer o carro de aluguel a menos de 15 Km de Pamplona, o que significa que ele fez mais de 900 Km com um tanque apenas, o que eu achei uma média muito boa.
Chegarmos ao aeroporto em Pamplona por volta das 20:00h e já não havia mais ninguém no guichê da Hertz. Joguei a chave na caixa de “out-of-hours” e partimos para o centro da cidade para encontrar o local onde iriamos pernoitar nessa noite e que já havíamos reservado de Santiago. Não foi difícil encontrar.
Não sei se foi a excitação de um dia inteiro no volante, mas ao contrário do Fernando eu estava super acordado e sem sono nenhum. Tomei um banho e sai para caminhar pela cidade e procurar algo para comer. Não deu para ver muito de Pamplona nas 2h que passei caminhando, mas o que vi gostei muito. Pamplona, fundada pelos Romanos entre 75-74 BC, parece ser uma cidade que conseguiu encontrar uma perfeita harmonia entre sua antiga história, através da sua era de cidade fortaleza, cujo principal exemplo é sua cidadela, até sua modernização. Gostei muito de suas largas avenidas e das áreas verdes que passei a caminho do centro da cidade. Definitivamente um lugar que eu gostaria de voltar com mais tempo se eu tiver uma oportunidade futura.
A viagem neste dia não foi tão interessante quanto no dia anterior. De fato, foi bem chata, por isso não vou me prolongar na descrição desse dia. Nós tentamos evitar as autoestradas na França, devido ao alto custo dos pedágios, mas as estradas vicinais estavam nos atrasando tanto (estradas estreitas, trafego intenso) que passamos a ficar preocupados em não chegar em Calais a tempo de pegar o Eurotúnel de volta para Inglaterra. Depois de já dirigir por várias horas havíamos coberto apenas aprox. 20% da distância, por isso desistimos do nosso plano e resolvemos voltar para as autoestradas e para os pedágios.
Sem dúvida, haviam lindas cenas rurais para serem apreciadas ao longo do caminho que tomamos na França, mas eu acho que já estávamos meio cansados com toda a viagem e queríamos apenas chegar em casa. Tivemos sorte ao chegar em Calais e sermos alocados para embarcar no próximo trem através do túnel, pois a nossa reserva era para um trem 3h depois. Isto significou que por volta das 23:00h já estávamos novamente em solo Inglês e adivinhem só? Uns 20 min depois de desembarcarmos começou a chover torrencialmente. Um típico clima de boas-vindas a Inglaterra.
Por volta da meia noite chegamos na minha casa. Fernando deixou sua bicicleta aqui, transferiu apenas a bagagem para seu carro e foi para casa.
Isto completa os relatos de nossa peregrinação, do momento que deixamos Bracknell, na Inglaterra até o momento que retornamos.
Estou considerando estender a série com um post adicional, para resumir em uma única página toda a experiência dessas 3 semanas e também publicar uma série de entrevistas com pessoas que encontramos durante a peregrinação, assim como peregrinos que fizeram o Caminho de Santiago antes e depois de nós. Não conte com isso, entretanto, pois meu tempo anda muito limitado, mas vou fazer o possível.
Obrigado por nos acompanhar nos relatos dessa jornada. Eu estou bastante entusiasmado com a próxima aventura na Via Francigena que inicia no dia 30 de julho de 2016.
Se você nunca fez uma peregrinação antes, o que você está esperando? Se você está prestes a fazer a sua peregrinação, resumo meus sentimentos em 2 palavras que você vai escutar muito durante ela: “Buen Camino!”.
Estive (e estou) muito ocupado, tanto na minha vida profissional quanto pessoal, desta forma não tenho tido muito tempo para me dedicar ao EyeCycled.com nas últimas 2 semanas.
Eu ainda estou trabalhando nos “posts” e videos da pedalada de Páscoa em Devon (Devon de Costa a Costa).
Tenho, entretanto, boas noticias para compartilhar… O projeto “Via Francigena” esta confirmado.
Meu pedido de um longo periodo de férias foi finalmente aprovado pela companhia em que trabalho e esta semana estou comprando a passagem de volta de Roma para o Reino Unido.
Pelo plano atual, deixo o Reino Unido no Sábado, dia 30 de Julho, a partir da Catedral de Canterbury (Catedral de Cantuária) a caminho de Roma, onde preciso chegar no máximo dia 8 de Setembro para embarcar de volta no dia 9.
Para mim isto é muito excitante, pois será a viagem de bicicleta mais longa da minha vida. Terei que fazer uma média de 54 Km por dia de bicicleta para cubrir os quase 2.200 Km entre Canterbury e Roma a tempo de pegar o avião de volta, mas eu acho que consigo e estou muito entusiasmado com esta aventura.
Obrigado pelo teu apoio e fique ligado para mais detalhes em breve.
Bem-vindo ao post sobre o 14º e último dia da nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago no dia 7 de junho de 2015. Completamos esta etapa de 70,75 Km de Palas de Rei para Santiago de Compostela em 8h e 22m, das quais 4h 42m foram em movimento.
A medida que eu ia escrevendo sobre este dia, decidi voltar aqui para o começo do texto para contar sobre a avalanche de emoções que é escrever sobre este dia. Não apensa a emoção de ter concluído a peregrinação do caminho de Santiago, que foi de fato a mais longa pedalada da minha vida até hoje, mas também pelo incidente que presenciamos a apenas 19 Km de Santiago.
Vou entrar em mais detalhes no texto abaixo, mas por hora quero voltar a descrição subjetiva do dia.
Partimos do albergue em Palas de Rei pouco depois das 8 da manhã e quando pedalávamos pela rua central saindo da cidade, resolvemos parar em um bar para tomar um café da manhã. Isso deu a Guy, o médico Australiano que havia pedalado conosco no dia anterior, tempo de nos alcançar e novamente pedalar um bom pedaço do dia conosco. Guy não pretendia pedalar até Santiago neste dia, pois estava seguindo um plano fornecido pela empresa de turismo que vendeu o pacote para ele e o plano indicava que ele deveria parar em Arzúa e completar a peregrinação no dia seguinte.
O dia estava lindo e ensolarado e pedalamos 15 Km por mais ou menos 1h e 45 min, passando por pequenos vilarejos como Carballal (perto de Palas de Rei), San Pedro e muitos outros (esta região do norte da Espanha parece ter uma alta densidade populacional) até chegarmos na pequena cidade de Melide, que tinha um interessante mercado de Domingo na praça em frente ao bar onde paramos para tomar um café e descansar. A pausa em Melide durou algo como 20 ou 30 min e retornamos a estrada, a N-547, que foi a única estrada que pegamos o dia inteiro e que nos levou diretamente até Santiago.
Depois de deixar Melide pedalamos outros 15 Km até chegarmos a um posto de gasolina pouco antes de Arzúa (Mãe natureza estava chamando) onde descansamos um pouco, tomamos agua e comemos umas bananas.
Algumas centenas de metros depois do posto, já no centro da pequena cidade de Arzúa paramos novamente atraídos por uma celebração religiosa. Eu acredito que era Corpus Christi, pois havia uma enorme figura feita de folhas coloridas no chão próximo a igreja. Havia também um pequeno mercado com de artigos religiosas a venda e uma banda tocando. Estava uma ótima atmosfera. Como Guy ficou em Arzúa esta foi a última vez que o vimos. Deixamos Arzúa cheios de energia com toda aquela felicidade em volta e com o claro objetivo de chegar em Santiago neste dia.
Mal sabíamos que um momento triste esperava por nós mais adiante.
Depois de Arzúa nós pedalamos praticamente sem parar por 21 Km, até Pedrouzo. Os vilarejos pelos quais passamos nesse caminho foram tantos que não vale nem a pena tentar listar. A estrada é relativamente plana por isso conseguimos pedalar esses 21 Km em pouco mais de 1h e 45 min.
Pouco antes da pequena cidade de Pedrouzo, alguns metros depois de uma placa que indicava que Santiago estava a 19 Km, presenciamos algo que não estávamos esperando encontrar: A Morte!
Existem muitas estatísticas a respeito de mortes durante a peregrinação pelo Caminho de Santiago. Além dessa senhora de 67 anos que foi atropelada por um automóvel, estava consciente de uma Americana de 41 anos que havia desaparecido desde abril (2015) até a polícia espanhola achou seu corpo próximo a cidade de Astorga. Ela havia sido assassinada por um homem ao se perder e bater em sua porta pedindo informações sobre o caminho (a polícia suspeita que esse homem estava pintando setas amarelas falsas na direção de sua casa).
Não escrevo isso para amedrontar vocês, pois estatisticamente falando o Caminho de Santiago é muito seguro e o número de mortes é muito, muito pequeno (por volta de 15 a 20 para quase 250.000 peregrinos por ano, ou 0,0006%). Tenham em mente também que a maioria das mortes ocorrem por causas naturais (ataques cardíacos, condições médicas pré-existentes, como câncer, etc.). Eu acredito que existam peregrinos que sabem que suas vidas estão se aproximando do fim e a última coisa que desejam fazer é completar a peregrinação de Santiago, mas muitos não conseguem terminar. É, de certa forma, relativamente poético morrer desta maneira.
Assim sendo, gostaria de solicitar por estas linhas uma oração, não apenas pelas 2 senhoras que morreram, conforme descrevi acima, mas por todos aqueles peregrinos que perderam suas vidas no caminho.
Por favor, não adie qualquer plano ou desejo que possas vir a ter de fazer a peregrinação por causa dos incidentes que descrevi acima. Se você deseja fazer o Caminho de Santiago e pé ou de bicicleta, tenha em mente que ele NÃO é menos seguro dos que os riscos normais do dia a dia (como atravessar uma rua movimentada, etc.), mas por causa da demanda física no corpo necessária para caminhar ou pedalar tão grande distância, carregando consigo tudo o que você vai precisar, por favor, se prepare antes. Esteja o mais saudável possível e com o corpo razoavelmente em dia (ninguém precisa penar na musculação para fazer a peregrinação). Tome cuidado consigo mesmo e durante o caminho cuide também daqueles que você suspeita possam estar tendo dificuldades durante a peregrinação.
Também se certifique que você não precisa depender somente das setas amarelas para direções. Em geral elas são muito boas e precisas e são mantidas por uma legião de voluntários cujo único interesse é ajudar aos peregrinos, entretanto relatos de setas falsas são relativamente comuns e na sua grande maioria pintadas com interesses comerciais em mente, por proprietários de restaurantes ou pousadas que desejam atrair peregrinos para seus estabelecimentos.
Depois de passado o choque inicial, houve aqueles que não desejavam mais seguir para Santiago nesse dia e ficar em Pedrouzo mesmo, para continuar no dia seguinte. Esse incidente conseguiu até gerar uma certa discórdia dentre alguns de nós, mas graças a Deus continuamos pelo caminho. Para mim, pessoalmente, não há nada como uma pedalada para espairecer, pensar e limpar a mente de preocupações. Cinco quilômetros depois nos aproximávamos do aeroporto internacional de Santiago e encontramos um pequeno grupo de ciclistas que, como nós, também faziam o caminho de bicicleta. Um deles estava com a corrente da bicicleta rompida. Tentamos ajudar, mas infelizmente não fomos bem sucedidos e suponho que eles tiveram que fazer o resto do caminho empurrando suas bicicletas, pois era Domingo e presumo que todas as lojas de bicicletas estavam fechadas.
A medida que nos aproximávamos de Santiago as emoções tomavam conta. Santiagoé o destino final parta a maioria dos peregrinos do Caminho de Santiago. Eu estava decidido em estender minha peregrinação até Finisterre, pois eu sabia que teria tempo suficiente para tanto, mas Fernando, Marcelo e Alice terminaram suas peregrinações aqui. Naquele ponto já havíamos pedalado mais de 820 Km e com apenas 3 Km da catedral de Santiago, Marcelo teve azar e o pneu traseiro furou. Nenhum de nós tinha uma câmara de ar que servisse no pneu aro 29 da bicicleta dele e o selante spray que eu havia trazido também não resolveu (cheguei à conclusão que essas coisas são uma perda de tempo e dinheiro), desta forma tivemos que reparar a câmara da maneira antiga mesmo, com um remendo de borracha e cola. Não ficou perfeito, pois na ânsia de chegar nós provavelmente não esperamos tempo suficiente para a cola fazer efeito, mas ficou bom o suficiente para que Marcelo conseguisse pedalar o resto do caminho.
A pequena pedalada daquele ponto para a catedral foi para mim uma mistura de excitação e apreensão. Sabe aquele sentimento de quando você está prestes a terminar uma longa jornada e está feliz por ter chegado ao destino, mas ao mesmo tempo você deseja que não termine nunca? Pois é, mais ou menos assim.
Santiago é uma antiga cidade medieval e as ruas estreitas do centro da cidade são meio confusas e um pouco difíceis de navegar, mas pedíamos informações constantemente e conseguimos chegar a catedral relativamente rápido. A chegada na praça da catedral foi um momento inesquecível. Eu sei que isto é algo que centenas de milhares de pessoas fazem todos os anos e que milhões o fizeram durante os séculos, ainda assim, temos neste momento 7 bilhões de habitantes neste planeta e sabe-se lá quantos já viveram desde os tempos de Santiago. Por isso, quando tu fazes essas contas o sentimento de ter concluído essa peregrinação é bem especial mesmo assim, pois é algo que a maioria das pessoas nesse planeta não terão a oportunidade (ou o desejo) de experimentar. Tiramos fotos e aproveitamos o momento antes de deixarmos a praça da catedral para procurar o escritório do peregrino, onde o certificado de Compostela é emitido pela igreja Católica aos peregrinos, mediante a apresentação do passaporte do peregrino todo carimbado. Por sorte a fila não estava muito grande e tivemos que esperar menos de 30 min para conseguirmos os nossos certificados. Novamente, tempo de tirar fotografias dos certificados para compartilha-los com orgulho pela internet.
Deixamos o escritório do peregrino e fomos ao centro de informações turísticas da cidade que ficava a apenas alguns metros na mesma rua.
Acomodação em Santiago é bem cara em comparação a outros lugares, cidades e vilarejos pelos quais passamos ao longo do Caminho.
O albergue particular mais barato que encontramos no centro da cidade exigiu 22 € para cada cama em um pequeno quarto com 2 beliches (4 camas). No prédio haviam 2 banheiros / toaletes que eram OK, mas nada excepcional em termos de limpeza e funcionalidade (leia as notas do dia 15 abaixo para mais recomendações sobre hospedagem em Santiago). Em grande contraste com o albergue de “5 estrelas” que permanecemos em El Acebo e considerando que Santiago é o destino de todos os peregrinos do caminho, o volume de negócios deveria justificar um aumento na oferta de camas, na minha opinião. Novamente a face feia do Status Quo se mostrando, onde o dinheiro e interesse comercial prevalece sobre tudo mais. Sim, eu entendo porque as coisas são assim, mas isso não significa que deva concordar com elas.
Depois de uma ducha e um pouco de descanso deixamos o albergue para procurar um local para jantar. Não existe falta de restaurantes e lugares para comer em Santiago e a cidade parece estar bem viva até altas horas da noite, até mesmo durante os fins de semana (esse dia era um Domingo). Depois de um delicioso jantar, acompanhado de bastante vinho, caminhamos pelas ruas de Santiago e tiramos várias fotografias noturnas de sua magnifica catedral.
Foi um final de dia perfeito, para um dia cheio de contrastes em termos de emoções. Até mesmo a tristeza de ter presenciado um acidente fatal pode ser vista de maneira positiva, pois nos lembrou da nossa própria mortalidade e reforçou em nós a certeza de quanto cada momento nas nossas vidas físicas é precioso, porque nunca sabemos quando será o último.
Assim sendo gostaria de deixar aqui abaixo a letra traduzida da música que escolhi para tema dos vídeos deste dia de peregrinação como umas das últimas palavras desta parte do artigo.
Este foi o 14º e último dia de nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago, mas eu acredito que as experiências do dia seguinte são relevantes para aqueles que estão lendo este texto, pois foi o dia em que mudamos de albergue.
Eu também pretendo escrever sobre minha pedalada de Santiago de Compostela até Finisterre (Fisterra) e talvez mais um post para resumir todas as experiências e prover alguns recursos adicionais para aqueles que podem estar pensando em fazer esta peregrinação (é dito que a peregrinação começa no momento que você a decide fazer).
Decidi escrever algumas notas sobre o 15º dia em Santiago pois acredito que elas podem ser úteis àqueles que porventura decidam fazer a peregrinação.
A primeira coisa que fizemos neste dia foi mudar de albergues. Marcelo e Alice tinham coisas para resolver, como a remessa das bicicletas de volta para o Brasil e também decidiram ficar em um hotel, portanto este foi o último dia que os vimos.
Depois de pesquisar um pouco decidimos ficar em um albergue mantido por uma organização sem fins comerciais, o Albergue Fin del Camino (clique aqui para um pôster do albergue em Espanhol). Ele está situado na Rúa de Moscova (Rua de Moscou) bem perto do maior Shopping Center de Santiago, o “As Cancelas“. Apesar do Albergue não estar localizado no centro da cidade, ele não está longe. Mais ou menos um 25 min caminhando ou 10 min de ônibus.. O preço da cama por noite é 8€ e o albergue foi recentemente renovado, portanto tudo está bem novinho e limpinho.
O Albergue dispõe de 110 camas que se encontro em grandes dormitórios com até 10 beliches (20 camas) em cada. Incluído no preço, você recebe um lençol bem simples com elástico nas bordas. Os colchões são confortáveis e os beliches bem robustos. Outra grande vantagem desse Albergue, que o diferencia de muitos outros, é que você pode permanecer pelo tempo que quiser (desde que tenha o passaporte de peregrino), o que é muito útil se você planejou uns dias extras na viagem e chegou em Santiago mais cedo do que esperava. Cada peregrino tem a sua disposição um grande armário de metal, mas é necessário deixar um deposito de 5 € pela chave, que é devolvido quando você retorna a chave.
Os links acima provem mais detalhes sobre este albergue (cozinha, lavanderia, etc.), mas eu gostaria de deixar aqui a recomendação que se você está fazendo a peregrinação com pouco dinheiro, ou seja, está procurando pelo melhor custo benefício em termos de albergues de peregrinos, esta é provavelmente a melhor opção (alguns peregrinos decidem se presentear com um pouco de conforto ao final da peregrinação, o que é perfeitamente compreensível). Outra coisa importante sobre este albergue é que ele fica praticamente no caminho que os peregrinos tomam para chegar ao centro da cidade, a N-634. Ele está de fato a apenas 2 quadras dessa rua. O problema é que não existem placas em lugar algum indicando para o Albergue e ele é meio “escondido”, por isso não é muito fácil encontra-lo. Se você decidir ficar neste albergue minha recomendação é que assim que você se aproximar das primeiras placas indicando o Shopping As Cancelas, procure pelo Albergue ou use estas coordenadas no Google para encontra-lo. Eu também destaquei no vídeo que fiz sobre os momentos do dia a direção para o Albergue. Você pode deixar sua mochila ou bagagem no Albergue e prosseguir para a catedral sem precisar carregar peso, mas não se esqueça de levar seu passaporte de peregrino e outros documentos consigo. Tenha em mente que o albergue abre apenas as 11:30 da manhã, portanto se você chegar em Santiago muito cedo esta pode não ser a melhor opção para você, a menos que você decida ficar esperando até o Albergue abrir ou “matar tempo” no Shopping Center.
Depois que nos acertamos na nova “casa” pelos próximos dias, Fernando e eu caminhamos para o centro da cidade e por acaso encontramos com a Paula, que havíamos conhecido no começo da peregrinação e pedalado juntos nos dias 2, 3 e 4 (que mundo pequeno, não?).
Neste dia também riscamos mais um ritual do Caminho de Santiago da lista: Abraçar por trás a estátua de ouro de Santiago. Este parece ser o gesto simbólico que conclui a peregrinação. Infelizmente fotografia é proibida, talvez pelo alto valor das gemas preciosas encravadas na estátua.
Nós não presenciamos neste dia o evento do Botafumeiro, mas eu presenciei ele depois do meu retorno de Finisterre e vou escrever a respeito no próximo post.
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