This GPS file represents the route I took between these two locations during my Via Francigena pilgrimage by bike from Canterbury, in the UK, to Rome, in Italy.
The route contains mistakes and tracks I may not recommend you to take, so it is important to read the respective posts for more context.
Antes de dar início à minha própria introdução ao Caminho da Fé, convido você a assistir o vídeo institucional produzido pela Associação dos Amigos do Caminho da Fé (AACF).
Espero que o vídeo acima tenha fornecido um “gostinho” do que é Caminho da Fé, vamos portanto a minha própria introdução sobre o Caminho. Eu narro a maior parte dessa introdução (mas não tudo) no video abaixo, portanto, se voce não gosta de ler, fique a vontade para assistir o vídeo e pular o texto.
Decidi publicar esta introdução principalmente para aqueles que nunca ouviram falar do Caminho da Fé, mas também para aqueles que já o conhecem, mas que não o fizeram ainda.
O Caminho da Fé é uma rota de peregrinação idealizada por 3 peregrinos que fizeram a pé o famoso Caminho de Santiago de Compostela na Espanha e decidiram criar no Brasil uma rota de peregrinação, nos mesmos moldes de Compostela, a partir de Águas da Prata em SP até o Santuário Nacional de Aparecida do Norte.
Para aqueles que nunca ouviram falar do Caminho da Fé, recomendo uma visita ao site da Associação dos amigos do Caminho da Fé: www.caminhodafe.com.br ou uma rápida procura no Google, pois a disponibilidade de informações sobre ele na internet é muito grande.
Existem também grupos no Facebook e outras redes sociais que reúnem peregrinos passados, presentes e futuros e facilitam a troca de informações.
O proposito deste artigo, no entanto, é explicar a minha história, as razões pelas quais eu decidi fazer o caminho, porque decidi iniciar em Sertãozinho e o que eu pretendo publicar no meu blogue e canal do YouTube sobre esta experiência. Meu objetivo é ajudar, principalmente aqueles que nunca fizeram o caminho (ou qualquer outra peregrinação), a melhor se prepararem, mostrando a eles o que eles devem esperar em cada trecho, pelo menos se fizerem o caminho na mesma época e condições que eu fiz.
Para aqueles que já fizeram o Caminho, minha intenção é divulgar o caminho no Brasil e no exterior com as ferramentas que estão ao meu alcance. Espero que em diversos momentos, os vídeos e as matérias que publicarei vão trazer de volta boas lembranças e neste caso fiquem a vontade de compartilhar a experiência de vocês através de comentários, “Likes” e compartilhamentos.
Juntamente com este artigo eu também vou publicar a entrevista que gravei com o Sr Almiro Grings, o principal idealizador do Caminho da Fé. Esta entrevista foi gravada na sede da Associação dos Amigos do Caminho da Fé em Águas da Prata quando eu passei por lá. Tenho certeza que nas palavras do Sr Almiro o caminho da fé será muito melhor explicado.
Bem, primeiramente gostaria de dizer que o Caminho da Fé é a terceira peregrinação de longa distância que fiz de bicicleta até agora. Em 2015 fiz o caminho de Santiago de Compostela em bicicleta a partir da cidade Francesa de Saint Jean Pied de Port (o assim conhecido Caminho Frances) e em 2016 percorri os mais de 2000 Km que separam a cidade de Canterbury na Inglaterra até a cidade do Vaticano na Itália em uma rota de peregrinação conhecida como Via Francigena.
É difícil explicar em detalhes todas as razões pelas quais venho fazendo isso nos últimos 3 anos, mas uma resposta simples, e que provavelmente resumiria tudo, é: Eu gosto do desafio físico e mental e gosto também das oportunidades de introspeção que longos períodos pedalando proporcionam, que, por sinal, é uma experiência muitos semelhante àqueles que fazem a pé, mas requer menos tempo para complete-la.
Escolhi fazer o Caminho da Fé a partir de Sertãozinho por duas razões principais: A primeira é por uma certa facilidade logística a partir da cidade onde me encontrava vivendo no Brasil neste período. Havia a partir dessa cidade um ônibus direto para Ribeirão Preto no estado de SP, que fica a apenas 20 Km de Sertãozinho, e facilitava não ter que trocar de ônibus e ter longas esperas de conexão em rodoviárias, levando em consideração que eu estava levando toda bagagem de peregrino mais a bicicleta. A segunda razão é por ser o ramal Sertãozinho o mais longo de todos, pelo menos no período em que eu fiz o caminho. Eu queria passar mais tempo na estrada.
Se vocês estudarem o mapa do caminho da fé, disponível para download no site da associação dos amigos do caminho, vocês verão que existem várias outras opções de rotas, ou ramais como são conhecidos, por onde dar início a sua peregrinação, mas todas passam por Águas da Prata.
Neste artigo dou início aos trabalhos e publicações sobre o Caminho da Fé. Os artigos no blog e os vídeos que pretendo publicar no canal do YouTube seguirão o mesmo princípio aplicado as peregrinações anteriores. Tem o objetivo de mostrar aos outros graficamente como foram minhas experiências.
Eu ligo a câmera pela manhã, quando estou prestes a dar início ao trecho do dia e a desligo apenas quando chego ao meu destino ou a um lugar onde decido parar neste dia. Desta forma o objetivo é documentar em vídeo o caminho inteiro que eu tomei para que futuros peregrinos possam ter uma ideia do eu irão encontrar e talvez decidir por fazer um caminho diferente do que eu fiz. Como ninguém assistiria a uma gravação de 7, 8 horas ou mais eu faço uso de um tipo de vídeo chamado “Time- Lapse” que está sendo exibido no canto direito da tela. Neste modo de gravação a câmera tira uma foto de alta definição a cada 0.5 segundo e faz uma montagem acelerada de todas as fotos no final.
Cada 10 min no caminho representam algo como 10 segundos no vídeo, portanto um dia inteiro no caminho pode ser assistido em poucos minutos, sem que nem um metro sequer seja perdido. As desvantagens desse tipo de gravação são, obviamente a velocidade da imagem e a trepidação da câmera, como podem ver.
Esta trepidação pode ser minimizada com um dispositivo chamado “Gimbal“, cuja função e operação já expliquei em um artigo no Blog e um vídeo no canal. Esta foi a primeira vez que utilizei este dispositivo de maneira constante numa viagem de bicicleta, apesar de já no segundo dia ter perdido as baterias extras que eu estava levando. Mesmo assim o “Gimbal” tem limites e não consegue remover por completo as trepidações provenientes de buracos, pedras e outros obstáculos no caminho. A estratégia para o Caminho da Fé no blog é publicar um artigo e os respectivos vídeos no canal a cada 2 semanas, mas eu já sei que existirão semanas em que esta estratégia não vai funcionar por causa da rotina de intenso trabalho e viagens programadas para este ano.
No blogue, tenho a intenção de publicar 1 artigo para cada dia de viagem, mas se vocês olharem para o mapa do Caminho da Fé vão notar que a partir de Sertãozinho existem 21 trechos principais ao longo do caminho. A intenção é publicar no mínimo 21 vídeos mostrando estes trechos em detalhes, com as gravações em vídeo “Time-Lapse” conforme expliquei antes e algumas das muitas fotos que tirei ao longo do caminho.
Como pretendo que tudo seja bilíngue na verdade estamos falando de 42 vídeos no mínimo, não contando os vídeos de introdução e outros menores que fiz ao longo do caminho. Adicionando ao trabalho de editar os vídeos eu também tenho que escrever os artigos no blog em Português e Inglês, por isso eu não determinei um prazo para terminar este trabalho. Ele verdadeiramente vai terminar quando Deus quiser 🙂
Não é a toa que se chama Caminho da Fé… Eu tenho Fé que vou conseguir e conto com seu apoio.
Eu não faço este trabalho visando lucro algum, mas eu tenho várias despesas para manter o blog e obviamente este trabalho demanda muito tempo da minha parte. Na verdade, gasto muito mais tempo escrevendo e editando os vídeos do que todo o período da peregrinação em si, portanto se vocês estiverem se sentindo generosos, visitem minha página no Apoia.Se, através da qual vocês podem doar pequenos valores para ajudar na manutenção e no café para me manter acordado a noite.
Estatísticas, despesas e meu diario de bordo do Caminho da Fé
O arquivo Excel abaixo contém as estatiticas da viagem (conforme registradas pelo meu Garmin Edge 810), tais como distâncias, Elevação, velocidades, batimento cardiaco médio, etc, assim como as despesas ao logo da viagem, a acomodação e as anotações que gravei ao longo do caminho.
Dia ZERO: Minha viagem de onibus de Jataí to Sertãozinho
Eu decidi escrever um pouco sobre minha viagem de onibus de Jataí, no interior de Góias, para Sertãozinho não considerando que isso venha a ajudar outras pessoas, além daquelas que porventura queiram fazer esse caminho e que morem em Jataí, mas para ilustrar o quão dificil a parte logistica de uma peregrinação pode ser. Dependendo de onde você mora no Brasil (ou exterior) as conexões para Sertãozinho podem se tornar mais fáceis ou dificeis. Tentei em vão encontrar algum parceiro(a) que tivesse um veiculo próprio e estvisse a fim de vir comigo nesta aventura, mas isso é muito dificil devido a disposição das pessoas em se submeter a tal esforço fisico e, mais importante, ao tempo necessário, que é bastante significativo, longe do trabalho, da familia, etc.
Como não consegui encontrar ninguem comecei a pesquisar as alternativas. Jataí é uma cidade pequena que não dispõe de um aeroporto com linhas domésticas regulares, assim como Sertãozinho. Sertãozinho no entanto fica bem perto de Ribeirão Preto que tem um aeroporto regional com voos domesticos para varios destinos, incluindo Goiânia e São Paulo. O problema é que Jatai fica a 320 Km de Goiania e dessa forma eu teria que viajar várias horas de onibus de qualquer jeito. Decidi, portanto, pegar o onibus de Jataí diretamente para Ribeirão Preto, uma viagem longa e desconfortavel, mas tambem de um custo menor. Paguei R$ 135,00 na passagem de Jataí para Ribeirão Preto. A distância de Jataí para Ribeirão é de aprox. 715 Km, mas uma viagem que estava planejada durar 12h acabou atrasando por mais de 2h devido a uma parada obrigatória no posto da Policia Rodoviaria Federal em Uberaba, MG. A policia, aparentemente, havia recebido uma denuncia anônima de que alguém estaria traficando drogas para São Paulo neste onibus, que havia originalmente partido no Mato Grosso. A denuncia estava de fato correta, pois a policia encontrou o traficante, juntamente com 10 Kg de pasta base de Cocaína. Espere o inesperado!
Ao chegar em Ribeirão eu tinha a possibilidade de montar a bicicleta e pedalar até Sertãozinho, o que me recomendaram não fazer pois a rota passa por areas de alta incidência de crime, ou pegar o onibus coletivo. Ao chegar na Rodoviaria, fui me informar com funcionarios do local que me indicaram a plataforma de onde saia o onibus para Sertãozinho. Tive que descer de elevador, caminhar uns metros para a esquerda e subir de elevador novamente para chegar a plataforma. Ao chegar lá, o nibus para Sertãozinho já estava parado na plataforma e estava mais ou menos 3/4 cheio. Conversei com o motorista que me informou que o onibus tinha apenas um pequeno bagageiro, não grande suficiente para a bicicleta, mas que eu poderia sentar no assento reservado aos cadeirantes e segurar a bicicleta na vertical. A viagem para Sertãozinho foi rapido, cerca de 30 min e ao chegar na estação rodoviaria de Sertãozinho eu ontei a bicicleta e fui pedalando até o hotel (aprox. 1,5 Km de distância). Fiz o check-in no Hotel Agapito, que é o único hotel de Sertãozinho na lista de oficial de hospedagem da Associação dos amigos do Caminho da Fé, e peguei minha credencial de peregrino. A noite encontrei com a equipe da rede Globo de TV que iria fazer uma reportagem sobre o Caminho da Fé em celebração aos 300 anos de Aparecida.. Eu sabia que eles iriam estar la pois dias antes quando fiz minha reserva, o recepcionista do hotel havia me contado que eles estariam iniciando a peregrinação deles no mesmo dia. Saimos juntos a noite para jantar e conversamos sobre várias coisas como minhas peregrinações anteriores, e combinamos de nos encontrar para o café da manhã no dia seguinte e gravar uma entrevista para a reportagem deles.
Se você tem qualquer pergunta, deixe um comentário ou envie uma mensagem através do formulario de contato. Por favor, inscreva-se no Blog e/ou meu Canal do YouTube, se você quiser ser informado sobre novas publicações e vídeos e me ajude a tornar EyeCycled mais conhecido curtindo a página do Facebook e o Tweeter tambem. Obrigado pelo seu tempo e “Bom Caminho!”. (more…)
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é com imenso prazer que anuncio que semana que vem darei inicio a minha 3a peregrinação religiosa, desta vez no Caminho da Fé. Para quem ainda nunca ouviu falar, essa rota de peregrinação é agora considerada como o equivalente Brasileiro ao Caminho de Santiago que eu percori em 2015.
As versões em Inglês e Português deste “post” diferem significativamente pois encontrei muito poucas informações sobre o Caminho em Inglês, enquanto que em Português existem extensas fontes de informação na Internet o que vai me permitir apenas “linkar” para elas. Nunca tive a intenção de reinventar a roda 🙂
Então, para que voce não perca tempo, se tudo o que voce esta interessado é em informações sobre o Caminho da Fé, eu recomendo pular direto para o site da AACF ou Associação dos Amigos do Caminho da Fé, que é completo e excelente. Por não ter feito o caminho ainda, eu nao posso avaliar que ele tem todas as informações que um peregrino do Caminho da Fé precisa, mas é um bom começo.
O Antonio Olinto, um dos mais reconhecidos ciclo-ativistas Brasileiros, tambem tem a venda um excelente guia para o Caminho da Fé. Vale a pena dar uma olhada nas publicações e conteúdo (videos) no site dele tambem.
Bom, se voce ainda esta por aqui e já ouviu falar da Basilica de Aparecida do Norte no estado de São Paulo, voce deve saber que ela tem sido o destino de peregrinos a várias gerações, muitos dos quais as realizam por razões religiosas, como pagamento de promessas, etc. Se voce em um tempinho, vale a pena ler sobre a história da Basilica, que é o segundo maior templo católico do mundo (só perde para a Basilica de São Pedro no Vaticano), no site da Wikipedia.
O Caminho da Fé foi criado em 2003 por um grupo de 3 amigos que fizeram o Caminho de Santiago de Compostela juntos algumas vezes. A rota original partia de Aguas da Prata no estado de Sâo Paulo e terminava, obviamente, na Basilica, em Aparecida do Norte, a 318 Km de distância (na rota original estabelecida para andarilhos ou caminhantes).
Atualmente o Caminho da Fé se expandiu para ter como ponto de partida outras cidades no Estado de São Paulo. A estas rotas alternativas foi dado o nome de “Ramais” e você pode obter informações sobre este ramais nesta página da AACF.
Pessoalmente, eu escolhi fazer o ramal mais longo (571 Km), a partir da cidade de Sertãozinho no estado de São Paulo, não apenas porque eu gosto muito de pedalar, mas por uma questão de facilidade logistica para mim. De Jataí, GO, onde me encontro no momento, existe um onibûs direto para Ribeirão Preto, que fica a apenas uns 20 Km de Sertãozinho. Dessa forma eu preciso fazer apenas 1 viagem de onibus (de 12 h entretanto) para dar inicio a minha peregrinação em biccleta.
Desta forma, contando com minha viagem de onibus, minha jornada começa na madrugada de Domingo, 18 de Setembro. Ao chegar em Ribeirão eu vou decidir como ir para Sertãozinho. Para quem vai pedalar quase 600 Km, os 20 Km entre Ribeirão Preto e Sertãozinho não são nada, mas eu fui desacomselhado a pedalar essa rota pela frequente ocorrência de assaltos nela, pois ela passa por áreas de alta incidência de crimes entre as duas cidades. Como mencionei, essa é minha 3a peregrinação de longa distância, e em cada uma das anteriores eu tinha meus medos e receios. Aprendi com elas a minimizar meus medos de muitas outras coisas, mas crime, entretanto, não era um fator que assustava muito em Paises da União Européia. Ter esse medo aqui, me deixa muito triste com relação ao Brasil. Não é que não existam crimes no Caminho de Santiago, onde uma peregrina Americana foi assassinada em 2015, mas a probablidade de ser vítima de crime aqui é muito maior que lá, infelizmente.
Então, ao chegar em Ribeirão Preto vou decidir se me sinto corajoso suficiente para ir para Sertãozinho de bike ou se pego outro onibus que sai da rodoviaria de Ribeirão para Sertãozinho a cada 30 min. Seria uma pequena tragédia se a peregrinação terminasse antes mesmo de começar.
Em Sertãozinho vou pernoitar no Hotel Agapito, um dos locais ao longo do Caminho onde é possivel comprar a credencial de peregrino, que, assim como no Caminho de Santiago, o peregrino vai carimbando ao longo do caminho para receber o certificado de conclusão ao chegar na Basilica de Aparecida.
A partir de Sertãozinho vou deixar a Fé guiar o meu caminho. Eu ia comprar o guia do Olinto, que mencionei acima, mas acabei não fazendo, por isso vou deixar as setas amarelas (outra coisa copiada do Caminho de Santiago) indicarem o caminho, que, pelo que ouvi dizer, é muito bem sinalizado. Algumas pessoas chegaram até a mencionar que é impossivel se perder, mas como minhas habilidades de navegação são notórias eu já consigo me imaginar tendo que pedalar alguns quilometros extras 🙂
A boa noticia que tive hoje é que, ao contrario do que estava pensando, eu aparentemente não vou ter que fazer o caminho sozinho. Ao fazer a reserva no Hotel Agapito o recepcionista falou que haviam mais peregrinos partindo do hotel no mesmo dia que eu e me perguntou se eu me importaria se ele passasse o meu numero para eles. Eu respondi, já feliz, “claro que não!” 🙂
Ocorre que estas tais pessoas sao membros de uma equipe da TV Globo que vão fazer uma matéria sobre o Caminho da Fé para o Fantastico. Pelo que eu entendi, o reporter tambem vai fazer o caminho da fé em bicicleta, provavelmente com a equipe atrás. Eu que estava um pouco preocupado com minha segurança por fazer o caminho sozinho, aparentemente vou ter as cameras de TV como companhia durante o caminho todo (se eu conseguir manter o ritmo do reporter, claro) Perfeito, nao eh mesmo? Alem de companhia, tenho agora a perspectiva de me tornar uma celebridade na telinha. Próximo desafio, atuar na Novela das 8? Acho que não, mas por via das dúvidas preciso descobrir como perder minha barriga em 2 dias 🙂
Como de hábito em jornadas anteriores, durante o caminho eu provavelmente vou postar com mais frequência na página do EyeCycled no Facebook do que no blog, portanto se você deseja acompanhar minha pequena aventura se certifique que você “curtiu” (like) a página.
Se voce tem acompanhado os posts aqui no Blog, você vai estar ciente que recentemente perdi um companheiro “não-humano”. O meu notebook Dell XPS 15 estragou e era ele que eu usava para editar os videos no canal do YouTube e criar outros conteúdos para o Blog. Eu tenho toda intenção de, conforme nas peregrinações anteriores, gravar o caminho completo em video do tipo “time-lapse” (aquele bem acelerado), mas sem um computador mais “potente” isso vai demorar um pouco, mas por favor, não desistam de mim… Assim como o Arnold Schwarzenegger, “I’ll be back!”
Buen Camino! ou no caso do Caminho da Fé, Bom Caminho!
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Bem-vindo de volta a minha série sobre a nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago. Este será o mais longo da séria, mas será tambem o último.
A maioria dos peregrinos que chega em Santiago de Compostela, terminam suas peregrinações ali, mas um número substancial de peregrinos continua suas peregrinações, a pé ou de bicicleta, até Fisterra, como conhecida em Galego, ou Finisterre, seu nome em Espanhol. Fisterra é a cidade mais próximo do Cabo Fisterra, o ponto mais ao Oeste da Europa, que os antigos Romanos acreditavam ser o fim do mundo conhecido, por isso seu nome.
Se você leu meu último post a respeito da nossa chegada em Santiago, você sabe que o dia seguinte permanecemos em Santiago para conhecer a cidade um pouco melhor e que no dia 9 de junho eu decidi continuar o pedal de Santiago até Fisterra. Este foi efetivamente o 16o. dia de peregrinação e fiz esta etapa de 94,45 Km de Santiago a Fisterra em 8h e 43 min, dos quais 5h e 53 foram em movimento.
Neste post vou escrever não apenas sobre este dia, mas sobre os 3 dias seguintes também. No dia 10 de Junho retornei a Santiago e passeie um pouco mais na cidade e nos dias 11 e 12 de Junho retornamos para Saint Jean / Pamplona e para a Inglaterra respectivamente.
Como eu estava indo para Fisterra por apenas 1 dia, eu usei apenas 1 dos alforjes para levar comigo apenas o essencial. Isso incluiu o saco de dormir, uma muda de roupa, havaianas, itens de higiene pessoal e a parafernália eletrônica para gravar e tirar as fotos. Foi muito útil ter a minha disposição o grande armário de metal no albergue e como Fernando havia decidido ficar em Santiago ele podia dar uma olhada nos poucos itens que não couberam no armário.
Se você decidir estender sua peregrinação de bicicleta até Fisterra essa é uma ótima opção, mas se você estiver caminhando a caminhada provavelmente vai durar 3 dias e não sei se é uma boa ideia deixar suas coisas no Albergue. Se você estiver caminhando você provavelmente vai precisar levar tudo consigo de qualquer maneira, pois estará em caminho por mais tempo.
Deixei o albergue pouco depois das 8 da manhã e cruzei pelo centro de Santiago para tentar capturar mais umas fotos da catedral. Me perdi um pouco, pois apesar de ter caminhado bastante pelo centro no dia anterior, ainda tinha sido o suficiente para me familiarizar com as pequenas ruas do centro que as vezes parecem ser muito parecidas umas com as outras.
Novamente eu usei Google Maps para me guiar até Fisterra e como já mencionei antes, essa tecnologia não é 100% garantida, especialmente pelo fato que na Espanha as rotas ciclísticas ainda não estão disponíveis no Google Maps, por isso eu usei as rotas dos andarilhos. Não quis usar a rota sugerida para automóveis com receio que o Google Maps me guiaria para uma autoestrada ou uma estrada muito movimentada.
Achar o caminho para sair de Santiago foi fácil, apesar de existirem bem menos indicações do que para se chegar em Santiago. Pouco antes de entrar na AC-453, que era a principal estrada para sair da cidade, eu parei em um Café para tomar café da manhã, pois não havia comido nada ao deixar o albergue. Depois do café pedalei uns 4 Km na AC-453 até chegar em uma rotatória cerca de 1 Km depois de Roxos, onde eu virei a direta no sentido de Portela de Villestro e Ventosa. Um fato estranho que percebo ao olhar o percurso agora é que na rotatória a estrada se dividia, mas ambos lados continuarem sendo chamados AC-453. Não entendo bem o sistema de nomeação de estradas na Espanha.
Se você decidir pegar a mesma rota que eu, uns 2 Km depois de Ventosa, prepare-se para algumas subidas que com uma bicicleta carregada podem ser meio desafiantes. Como eu estava consideravelmente mais leve, eu consegui subir sem precisar empurrar, se bem que bem devagar.
Depois de Augapesada você vai cruzar por uns trechos de florestas em ambos os lados da estrada. O Google Maps sequer mostra o nome dessas estradinhas, mas apesar de serem pequenas e um pouco estreitas o asfalto é bom. A próxima pequena cidade no caminho é Negreira, mas antes de chegar lá você vai cruzar por pequenas vilas como Castiñeiro do Lobo, Carballo e vai cruzar também sobre o rio Tambre em uma bonita ponte de pedra que te fornecera algumas oportunidades de tirar umas fotos legais. Pouco antes da ponte havia um restaurante que eu gostaria de ter parado por uns instantes, mas ele estava fechado quando eu cheguei. Depois de cruzar o rio você também vai passar na vila de Barca antes de chegar a Negreira.
Eu parei apenas por alguns minutos em Negreira para pedir informações e para conversar com um grupo de ciclistas portugueses que também estavam pedalando para Fisterra. A cidade parece ter uma boa infraestrutura e talvez seja uma boa opção se você está caminhando para Fisterra e consegue fazer em 1 dia os 24 Km do albergue em Santiago até lá.
Depois de Negreira a densidade populacional parece diminuir e a distância entre os vilarejos parece aumentar, mas isso pode ter sido apenas impressão minha. O Google me guiou para a DP-5603 na direção de Zas. Depois de uns 10 Km na DP-5603, uns 3 Km depois da vila de A Pena, o Google me instruiu a deixar a estrada e pegar umas estradinhas vicinais, que apesar de bem estreitas tinham um bom asfalto. Admito que fiquei meio com o pé atrás de sair da estrada principal, mas eu segui as instruções do Google Maps mesmo assim, até uns 3 Km depois quando perdi o sinal de celular. Felizmente o Google havia armazenado informações suficientes no telefone que me permitiram ter uma ida sobre a direção a tomar, mas olhando para o mapa agora, enquanto escrevo estas linhas, observo que havia um caminho um pouco mais curto, através do vilarejo de Vilaserio, para se chegar ao vilarejo de Pesadoira. O caminho que eu tomei tinha bastante subida e muitas curvas.
Pouco antes de chegar em Pesadoira consegui algumas informações de dois fazendeiros e segui adiante para Cuíña, San Fins de Eirón e Corveira antes de retornar a uma estrada principal, a AC-400. Com apenas 1 Km na AC-400 o Google já me mandava sair da estrada novamente, mas por sorte consegui pegar informações com um amável fazendeiro que estava em cima do seu trator. Ele desligou o motor, desceu do trator e veio conversar comigo. Batemos um bom papo de quase 5 min e ele me aconselhou a não seguir as sugestões do Google e continuar na AC-400 até Pino do Val. Eu opto por informações de nativos na maioria das vezes, mas nem sempre. Neste caso a recomendação estava correta, pois apesar do caminho na AC-400 ser bem mais longo, ele era plano e evitava subir uns morros bem altos. Foi a opção mais rápida e menos cansativa, apesar da distância maior. Em Pino do Val dobrei a direita na rotatória e peguei a DP-3404 na direção de A Picota e Mazaricos, na qual eu fiquei até pouco depois do vilarejo de Hospital. Antes de chegar a Hospital eu parei por uns 25 min no vilarejo de Olveiroa para tomar um suco de laranja feito na hora e comer uma banana. Olveiroa tem um albergue legal e parece ser um bom local para dormir se você está caminhando para Fisterra.
Depois de Hospital virei à esquerda e peguei a DP-2302 que me levou até a cidade de Cee. Existem várias pequenas vilas no caminho e alguns bons lugares para dar uma descansada se você quiser, como restaurantes de beira de estrada, etc.
Cee é a próxima cidade e onde você vai encontrar o mar pela primeira vez. Ela é bem colada em Corcubión e eu não sei onde uma cidade termina e a outra começa.
Depois de Corcubión prepare-se para 3 Km de subida até alcançar a praia de Sardiñeiro de Abaixo. Pouco antes de Sardiñeiro existe uma área de camping que também pode ser uma boa opção para dormir e ela fica bem em frente à praia de Estorde, onde você também encontrará restaurantes para jantar. Depois de Sardiñeiro você vai basicamente seguir pela linha costeira e vai ter ótimas oportunidades de tirar boas fotos do mar.
O Google Maps indica que pouco antes de Fisterra existe um vilarejo chamado Escaselas, mas como ele parece ser colado com Fisterra eu achei que já havia chegado aos subúrbios da cidade.
Ao chegar em Fisterra dei um giro pela área do porto. A rua que você vai chegar em Fisterra termina bem em frente ao albergue municipal, mas de alguma forma eu não vi a placa. Depois de pegar informações com pessoas locais foi fácil achar o albergue. Fiz o “check-in” e recebi meu certificado de ter completado o caminho Jacobeo ao longo da assim chamada costa da morte.
Assim como muitos outros antes, o Albergue em Fisterra é simples, mas mais que suficiente. Não havia sinal de Wi-Fi no quarto onde fiquei, no andar superior do prédio. O quarto tinha algo como 5 ou 6 beliches. O Albergue municipal custou €6 e tem 36 camas. Ele conta com uma cozinha e lavanderia.
Tomei um banho e dei uma saída a pé para encontrar um local para jantar. Depois da janta caminhei um pouco pela cidade e voltei para o Albergue. Decidi não caminhar (ou pedalar) até o farol do cabo Fisterra, uns 3 Km da cidade, pois honestamente as variações climáticas do dia me enfraqueceram. Conforme a tradição, muitos peregrinos vão para o farol ao cair da tarde para queimar uma peça de roupa ou um artigo que trouxeram consigo de sua origem para simbolizar a queima das preocupações deixadas para trás e o recomeço de uma nova vida.
Assim termina aqui a narrativa desse dia de pedal para Fisterra. Fui cedo para cama pois queria pegar o primeiro ônibus (por volta das 8:00h) de volta para Santiago para ter tempo de passear por lá um pouco e talvez assistir à missa do Botafumeiro.
Eu consegui pegar o primeiro ônibus de volta para Santiago e consegui também colocar minha bike no bagageiro do Ônibus sem precisar desmonta-la, apesar que, depois descobri que os outros passageiros simplesmente jogaram suas bagagens em cima da bike, o que não foi legal. Para ser correto, entretanto, devo admitir que a bike tomou um monte de espaço no bagageiro, por isso não posso reclamar. Felizmente não houve estrago nenhum na bike.
Como eu consegui pegar o “direto”, que para em menos lugares, cheguei em Santiago antes das 10:00h o que me deu a oportunidade de pedalar um pouco pela cidade e ver algumas áreas que eu tinha visto apenas de longe nos dias anteriores, como o Parque Alameda no centro, cheio de oportunidades fotográficas para serem clicadas.
Uma vez que o Albergue Fin del Camino não abre até as 11:00h programei meu passeio de maneira a chegar no albergue por volta do horário de abertura.
Ao chegar, tomei um banho, troquei de roupa e voltei caminhando ao centro da cidade para assistir à missa. Fernando havia feito alguns novos amigos no albergue e havia decidido ir com eles de Ônibus para Muxia. Quando cheguei na catedral a missa já havia iniciado, mas ainda em tempo de assistir ao Botafumeiro.
Depois da missa fui novamente caminhar pelo centro e fazer umas comprinhas (lembranças para família e amigos). Fiquei 3h caminhando e voltei para o Albergue no final da tarde. No dia seguinte tinha que acordar cedo para ir ao aeroporto pegar o carro de aluguel que havíamos reservado a partir da Inglaterra, por isso as 22:00h eu já estava na cama. Foi um dia de pouco pedal, mas de muita caminhada, por isso eu estava bem cansado.
No dia seguinte levantei da cama por volta das 7:00h, pois tinha que estar no Aeroporto as 9:00h para pegar o carro de aluguel na Hertz Rental. Existe um ônibus que passa na avenida N-634 (a avenida a 2 quadras do albergue, ao lado do shopping center) que vai direto ao aeroporto e o ponto de ônibus é bem em frente à igreja de San Lazaro, menos de 10 min caminhando a partir do Albergue. A viagem de ônibus até o aeroporto dura por volta volta de 25 min. Para aqueles que deixam Santiago de avião esta também é uma boa dica.
Ao chegar no aeroporto havia já uma pequena fila no balcão da Hertz, mas fiquei muito feliz em receber um “upgrade” grátis para um carro maior (um Renault Megane), o que significou que foi mais fácil carregar as bikes no carro e que tínhamos mais espaço para as pernas também. Estou ciente que muitos peregrinos, assim como nós, precisam voltar para Santiago. Alugar um carro não é a opção mais barata se você está fazendo a peregrinação sozinho, mas se você estiver em um grupo de no mínimo 2 pessoas os custos já começam a se equipar com os custos das passagens de trens e ônibus.
Antes de sair da Inglaterra, minha pesquisa pela internet indicou que o preço da passagem de trem de Santiago para Pamplona seria de aprox. €40 para cada um (€80 para nós dois), não levando em consideração possíveis adicionais por causa das bicicletas. A viagem de trem dura, aparentemente, 9h e teríamos que pegar no dia seguinte um ônibus de Pamplona para Saint Jean cujo tíquete, segundo minha pesquisa, custa por volta de €20 para cada um, sem contar possíveis adicionais pelas bicicletas. Portanto, eu calculei que o custo estimado para nós dois retornarmos de trem e ônibus para Saint Jean seria por volta de €130. Como nós pagamos £80 pelo aluguel do carro e mais €45 de combustível o custo total do retorno de carro foi por volta de €150. Na minha humilde opinião, o conforto de poder partir quando quiséssemos e pegar a rota que quiséssemos, agregado a maravilhosa vista do litoral norte da Espanha, valeu os estimados €20 de diferença.
Ao retornar de carro para o albergue, carregamos as bikes e a bagagem e antes de pegarmos a estrada paramos em um café perto do albergue para tomar café da manhã. Decidimos pegar a rota do Norte e dirigimos na autoestrada AP-9, também conhecida como Autopista del Atlántico, até A Coruña e continuamos pelo norte na direção de O Ferrol seguindo a rota da costa em estradas e autoestradas pelas cidades de Oviedo, Santander e Bilbao.
Se você gosta de dirigir, eu recomendo muito esse roteiro. As grandes pontes sobre vales, as vistas do mar e os inúmeros tuneis fazem desta rota uma atração em si própria. Existem alguns pedágios no caminho (consigo lembrar de pelo menos 1 junto a entrada de um túnel em Bilbao), mas os preços não são nada parecidos com os ridículos valores praticados na França (algo por volta de €1,30 ou €2). Antes mesmo de sair da Inglaterra, eu estava bastante entusiasmado para dirigir por essa rota no norte da Espanha e não fiquei desapontado.
A viagem de volta a Saint Jean durou por volta de 8h a ao chegarmos em Saint Jean meu carro estava exatamente como o havíamos deixado 3 semanas antes. Transferimos as bikes e bagagens do carro de aluguel para meu carro e enquanto eu dirigi o carro de aluguel, Fernando dirigiu meu carro para Pamplona, pois era no Aeroporto de Pamplona que tínhamos que retornar o carro de aluguel.
A pequena viagem de Saint Jean para Pamplona foi muito interessante também, pois fizemos de carro praticamente o mesmo caminho que havíamos feito de bike 3 semanas antes. Levou apenas uns poucos minutos para chegarmos no Passe Roncevaux (Ibañeta) a 1057m acima do nível do mar, enquanto que 3 semanas antes levamos mais de 6h para chegar lá de bike. Isso me fez pensar como é fácil se deixar corromper pelos confortos da vida moderna.
Uma vez que eu havia programado meu TomTom para nos guiar para o aeroporto em Pamplona, depois de Roncesvalles ele nos fez sair da estrada principal e pegar estradas secundarias e eu tenho a impressão que o caminho pelo qual ele nos levou não foi o mais rápido. Acredite se quiser, só precisei abastecer o carro de aluguel a menos de 15 Km de Pamplona, o que significa que ele fez mais de 900 Km com um tanque apenas, o que eu achei uma média muito boa.
Chegarmos ao aeroporto em Pamplona por volta das 20:00h e já não havia mais ninguém no guichê da Hertz. Joguei a chave na caixa de “out-of-hours” e partimos para o centro da cidade para encontrar o local onde iriamos pernoitar nessa noite e que já havíamos reservado de Santiago. Não foi difícil encontrar.
Não sei se foi a excitação de um dia inteiro no volante, mas ao contrário do Fernando eu estava super acordado e sem sono nenhum. Tomei um banho e sai para caminhar pela cidade e procurar algo para comer. Não deu para ver muito de Pamplona nas 2h que passei caminhando, mas o que vi gostei muito. Pamplona, fundada pelos Romanos entre 75-74 BC, parece ser uma cidade que conseguiu encontrar uma perfeita harmonia entre sua antiga história, através da sua era de cidade fortaleza, cujo principal exemplo é sua cidadela, até sua modernização. Gostei muito de suas largas avenidas e das áreas verdes que passei a caminho do centro da cidade. Definitivamente um lugar que eu gostaria de voltar com mais tempo se eu tiver uma oportunidade futura.
A viagem neste dia não foi tão interessante quanto no dia anterior. De fato, foi bem chata, por isso não vou me prolongar na descrição desse dia. Nós tentamos evitar as autoestradas na França, devido ao alto custo dos pedágios, mas as estradas vicinais estavam nos atrasando tanto (estradas estreitas, trafego intenso) que passamos a ficar preocupados em não chegar em Calais a tempo de pegar o Eurotúnel de volta para Inglaterra. Depois de já dirigir por várias horas havíamos coberto apenas aprox. 20% da distância, por isso desistimos do nosso plano e resolvemos voltar para as autoestradas e para os pedágios.
Sem dúvida, haviam lindas cenas rurais para serem apreciadas ao longo do caminho que tomamos na França, mas eu acho que já estávamos meio cansados com toda a viagem e queríamos apenas chegar em casa. Tivemos sorte ao chegar em Calais e sermos alocados para embarcar no próximo trem através do túnel, pois a nossa reserva era para um trem 3h depois. Isto significou que por volta das 23:00h já estávamos novamente em solo Inglês e adivinhem só? Uns 20 min depois de desembarcarmos começou a chover torrencialmente. Um típico clima de boas-vindas a Inglaterra.
Por volta da meia noite chegamos na minha casa. Fernando deixou sua bicicleta aqui, transferiu apenas a bagagem para seu carro e foi para casa.
Isto completa os relatos de nossa peregrinação, do momento que deixamos Bracknell, na Inglaterra até o momento que retornamos.
Estou considerando estender a série com um post adicional, para resumir em uma única página toda a experiência dessas 3 semanas e também publicar uma série de entrevistas com pessoas que encontramos durante a peregrinação, assim como peregrinos que fizeram o Caminho de Santiago antes e depois de nós. Não conte com isso, entretanto, pois meu tempo anda muito limitado, mas vou fazer o possível.
Obrigado por nos acompanhar nos relatos dessa jornada. Eu estou bastante entusiasmado com a próxima aventura na Via Francigena que inicia no dia 30 de julho de 2016.
Se você nunca fez uma peregrinação antes, o que você está esperando? Se você está prestes a fazer a sua peregrinação, resumo meus sentimentos em 2 palavras que você vai escutar muito durante ela: “Buen Camino!”.
Estive (e estou) muito ocupado, tanto na minha vida profissional quanto pessoal, desta forma não tenho tido muito tempo para me dedicar ao EyeCycled.com nas últimas 2 semanas.
Eu ainda estou trabalhando nos “posts” e videos da pedalada de Páscoa em Devon (Devon de Costa a Costa).
Tenho, entretanto, boas noticias para compartilhar… O projeto “Via Francigena” esta confirmado.
Meu pedido de um longo periodo de férias foi finalmente aprovado pela companhia em que trabalho e esta semana estou comprando a passagem de volta de Roma para o Reino Unido.
Pelo plano atual, deixo o Reino Unido no Sábado, dia 30 de Julho, a partir da Catedral de Canterbury (Catedral de Cantuária) a caminho de Roma, onde preciso chegar no máximo dia 8 de Setembro para embarcar de volta no dia 9.
Para mim isto é muito excitante, pois será a viagem de bicicleta mais longa da minha vida. Terei que fazer uma média de 54 Km por dia de bicicleta para cubrir os quase 2.200 Km entre Canterbury e Roma a tempo de pegar o avião de volta, mas eu acho que consigo e estou muito entusiasmado com esta aventura.
Obrigado pelo teu apoio e fique ligado para mais detalhes em breve.