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Caminho de Santiago, Dia 14 (e 15): De Palas de Rei para Santiago de Compostela

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Hostel in Palas de Rei


Bem-vindo ao post sobre o 14º e último dia da nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago no dia 7 de junho de 2015. Completamos esta etapa de 70,75 Km de Palas de Rei para Santiago de Compostela em 8h e 22m, das quais 4h 42m foram em movimento.

A medida que eu ia escrevendo sobre este dia, decidi voltar aqui para o começo do texto para contar sobre a avalanche de emoções que é escrever sobre este dia. Não apensa a emoção de ter concluído a peregrinação do caminho de Santiago, que foi de fato a mais longa pedalada da minha vida até hoje, mas também pelo incidente que presenciamos a apenas 19 Km de Santiago.

Vou entrar em mais detalhes no texto abaixo, mas por hora quero voltar a descrição subjetiva do dia.

Partimos do albergue em Palas de Rei pouco depois das 8 da manhã e quando pedalávamos pela rua central saindo da cidade, resolvemos parar em um bar para tomar um café da manhã. Isso deu a Guy, o médico Australiano que havia pedalado conosco no dia anterior, tempo de nos alcançar e novamente pedalar um bom pedaço do dia conosco. Guy não pretendia pedalar até Santiago neste dia, pois estava seguindo um plano fornecido pela empresa de turismo que vendeu o pacote para ele e o plano indicava que ele deveria parar em Arzúa e completar a peregrinação no dia seguinte.

O dia estava lindo e ensolarado e pedalamos 15 Km por mais ou menos 1h e 45 min, passando por pequenos vilarejos como Carballal (perto de Palas de Rei), San Pedro e muitos outros (esta região do norte da Espanha parece ter uma alta densidade populacional) até chegarmos na pequena cidade de Melide, que tinha um interessante mercado de Domingo na praça em frente ao bar onde paramos para tomar um café e descansar. A pausa em Melide durou algo como 20 ou 30 min e retornamos a estrada, a N-547, que foi a única estrada que pegamos o dia inteiro e que nos levou diretamente até Santiago.

Depois de deixar Melide pedalamos outros 15 Km até chegarmos a um posto de gasolina pouco antes de Arzúa (Mãe natureza estava chamando) onde descansamos um pouco, tomamos agua e comemos umas bananas.

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Figura feita de folhas coloridas

Algumas centenas de metros depois do posto, já no centro da pequena cidade de Arzúa paramos novamente atraídos por uma celebração religiosa. Eu acredito que era Corpus Christi, pois havia uma enorme figura feita de folhas coloridas no chão próximo a igreja. Havia também um pequeno mercado com de artigos religiosas a venda e uma banda tocando. Estava uma ótima atmosfera. Como Guy ficou em Arzúa esta foi a última vez que o vimos. Deixamos Arzúa cheios de energia com toda aquela felicidade em volta e com o claro objetivo de chegar em Santiago neste dia.

Mal sabíamos que um momento triste esperava por nós mais adiante.

Depois de Arzúa nós pedalamos praticamente sem parar por 21 Km, até Pedrouzo. Os vilarejos pelos quais passamos nesse caminho foram tantos que não vale nem a pena tentar listar. A estrada é relativamente plana por isso conseguimos pedalar esses 21 Km em pouco mais de 1h e 45 min.

Pouco antes da pequena cidade de Pedrouzo, alguns metros depois de uma placa que indicava que Santiago estava a 19 Km, presenciamos algo que não estávamos esperando encontrar: A Morte!

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Corpo de uma peregrina de 67 anos atropelado por um carro ao tentar atravessar a estrada.

Existem muitas estatísticas a respeito de mortes durante a peregrinação pelo Caminho de Santiago. Além dessa senhora de 67 anos que foi atropelada por um automóvel, estava consciente de uma Americana de 41 anos que havia desaparecido desde abril (2015) até a polícia espanhola achou seu corpo próximo a cidade de Astorga. Ela havia sido assassinada por um homem ao se perder e bater em sua porta pedindo informações sobre o caminho (a polícia suspeita que esse homem estava pintando setas amarelas falsas na direção de sua casa).

Não escrevo isso para amedrontar vocês, pois estatisticamente falando o Caminho de Santiago é muito seguro e o número de mortes é muito, muito pequeno (por volta de 15 a 20 para quase 250.000 peregrinos por ano, ou 0,0006%). Tenham em mente também que a maioria das mortes ocorrem por causas naturais (ataques cardíacos, condições médicas pré-existentes, como câncer, etc.). Eu acredito que existam peregrinos que sabem que suas vidas estão se aproximando do fim e a última coisa que desejam fazer é completar a peregrinação de Santiago, mas muitos não conseguem terminar. É, de certa forma, relativamente poético morrer desta maneira.

Assim sendo, gostaria de solicitar por estas linhas uma oração, não apenas pelas 2 senhoras que morreram, conforme descrevi acima, mas por todos aqueles peregrinos que perderam suas vidas no caminho.

Por favor, não adie qualquer plano ou desejo que possas vir a ter de fazer a peregrinação por causa dos incidentes que descrevi acima. Se você deseja fazer o Caminho de Santiago e pé ou de bicicleta, tenha em mente que ele NÃO é menos seguro dos que os riscos normais do dia a dia (como atravessar uma rua movimentada, etc.), mas por causa da demanda física no corpo necessária para caminhar ou pedalar tão grande distância, carregando consigo tudo o que você vai precisar, por favor, se prepare antes. Esteja o mais saudável possível e com o corpo razoavelmente em dia (ninguém precisa penar na musculação para fazer a peregrinação). Tome cuidado consigo mesmo e durante o caminho cuide também daqueles que você suspeita possam estar tendo dificuldades durante a peregrinação.

Também se certifique que você não precisa depender somente das setas amarelas para direções. Em geral elas são muito boas e precisas e são mantidas por uma legião de voluntários cujo único interesse é ajudar aos peregrinos, entretanto relatos de setas falsas são relativamente comuns e na sua grande maioria pintadas com interesses comerciais em mente, por proprietários de restaurantes ou pousadas que desejam atrair peregrinos para seus estabelecimentos.

Depois de passado o choque inicial, houve aqueles que não desejavam mais seguir para Santiago nesse dia e ficar em Pedrouzo mesmo, para continuar no dia seguinte. Esse incidente conseguiu até gerar uma certa discórdia dentre alguns de nós, mas graças a Deus continuamos pelo caminho. Para mim, pessoalmente, não há nada como uma pedalada para espairecer, pensar e limpar a mente de preocupações. Cinco quilômetros depois nos aproximávamos do aeroporto internacional de Santiago e encontramos um pequeno grupo de ciclistas que, como nós, também faziam o caminho de bicicleta. Um deles estava com a corrente da bicicleta rompida. Tentamos ajudar, mas infelizmente não fomos bem sucedidos e suponho que eles tiveram que fazer o resto do caminho empurrando suas bicicletas, pois era Domingo e presumo que todas as lojas de bicicletas estavam fechadas.

IMAG1506A medida que nos aproximávamos de Santiago as emoções tomavam conta. Santiagoé o destino final parta a maioria dos peregrinos do Caminho de Santiago. Eu estava decidido em estender minha peregrinação até Finisterre, pois eu sabia que teria tempo suficiente para tanto, mas Fernando, Marcelo e Alice terminaram suas peregrinações aqui. Naquele ponto já havíamos pedalado mais de 820 Km e com apenas 3 Km da catedral de Santiago, Marcelo teve azar e o pneu traseiro furou. Nenhum de nós tinha uma câmara de ar que servisse no pneu aro 29 da bicicleta dele e o selante spray que eu havia trazido também não resolveu (cheguei à conclusão que essas coisas são uma perda de tempo e dinheiro), desta forma tivemos que reparar a câmara da maneira antiga mesmo, com um remendo de borracha e cola. Não ficou perfeito, pois na ânsia de chegar nós provavelmente não esperamos tempo suficiente para a cola fazer efeito, mas ficou bom o suficiente para que Marcelo conseguisse pedalar o resto do caminho.

A pequena pedalada daquele ponto para a catedral foi para mim uma mistura de excitação e apreensão. Sabe aquele sentimento de quando você está prestes a terminar uma longa jornada e está feliz por ter chegado ao destino, mas ao mesmo tempo você deseja que não termine nunca? Pois é, mais ou menos assim.

Santiago é uma antiga cidade medieval e as ruas estreitas do centro da cidade são meio confusas e um pouco difíceis de navegar, mas pedíamos informações constantemente e conseguimos chegar a catedral relativamente rápido. 20150607_180543A chegada na praça da catedral foi um momento inesquecível. Eu sei que isto é algo que centenas de milhares de pessoas fazem todos os anos e que milhões o fizeram durante os séculos, ainda assim, temos neste momento 7 bilhões de habitantes neste planeta e sabe-se lá quantos já viveram desde os tempos de Santiago. Por isso, quando tu fazes essas contas o sentimento de ter concluído essa peregrinação é bem especial mesmo assim, pois é algo que a maioria das pessoas nesse planeta não terão a oportunidade (ou o desejo) de experimentar. Tiramos fotos e aproveitamos o momento antes de deixarmos a praça da catedral para procurar o escritório do peregrino, onde o certificado de Compostela é emitido pela igreja Católica aos peregrinos, mediante a apresentação do passaporte do peregrino todo carimbado. Por sorte a fila não estava muito grande e tivemos que esperar menos de 30 min para conseguirmos os nossos certificados. Novamente, tempo de tirar fotografias dos certificados para compartilha-los com orgulho pela internet.

Deixamos o escritório do peregrino e fomos ao centro de informações turísticas da cidade que ficava a apenas alguns metros na mesma rua.

Acomodação em Santiago é bem cara em comparação a outros lugares, cidades e vilarejos pelos quais passamos ao longo do Caminho.

O albergue particular mais barato que encontramos no centro da cidade exigiu 22 € para cada cama em um pequeno quarto com 2 beliches (4 camas). No prédio haviam 2 banheiros / toaletes que eram OK, mas nada excepcional em termos de limpeza e funcionalidade (leia as notas do dia 15 abaixo para mais recomendações sobre hospedagem em Santiago). Em grande contraste com o albergue de “5 estrelas” que permanecemos em El Acebo e considerando que Santiago é o destino de todos os peregrinos do caminho, o volume de negócios deveria justificar um aumento na oferta de camas, na minha opinião. Novamente a face feia do Status Quo se mostrando, onde o dinheiro e interesse comercial prevalece sobre tudo mais. Sim, eu entendo porque as coisas são assim, mas isso não significa que deva concordar com elas.

Depois de uma ducha e um pouco de descanso deixamos o albergue para procurar um local para jantar. Não existe falta de restaurantes e lugares para comer em Santiago e a cidade parece estar bem viva até altas horas da noite, até mesmo durante os fins de semana (esse dia era um Domingo). Depois de um delicioso jantar, acompanhado de bastante vinho, caminhamos pelas ruas de Santiago e tiramos várias fotografias noturnas de sua magnifica catedral.

Day 14, Camino de Santiago, 7th June 2015
Clique na imagem para ver todas outras 110 fotos no album do Flickr.

Foi um final de dia perfeito, para um dia cheio de contrastes em termos de emoções. Até mesmo a tristeza de ter presenciado um acidente fatal pode ser vista de maneira positiva, pois nos lembrou da nossa própria mortalidade e reforçou em nós a certeza de quanto cada momento nas nossas vidas físicas é precioso, porque nunca sabemos quando será o último.

Assim sendo gostaria de deixar aqui abaixo a letra traduzida da música que escolhi para tema dos vídeos deste dia de peregrinação como umas das últimas palavras desta parte do artigo.

Não quero ter medo

é difícil não hesitar

Mas nós não podemos mais esperar

Para sermos a mudança que queremos

É apenas uma caminhada

Veja! Não te prejudica em nada

Dessa forma, encontre um instante

Para ver esta verdade

 —

Não é tarde demais

Livre de ódio

Pense no futuro que poderíamos criar

 —

Encare os fatos hoje

Existe uma maneira melhor

Não é tarde demais

Pense no futuro que poderíamos criar

 —

Encare os fatos hoje

 —

Existe uma maneira melhor

 —

Dê um passo para trás e diga

 —

Existe uma maneira melhor

 —

Como uma arvore

 Enraizada em Paz

Em Paz, Em Paz, Em Paz, Em Paz, Em Paz.

There is a better”, por LoveShadow

Este foi o 14º e último dia de nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago, mas eu acredito que as experiências do dia seguinte são relevantes para aqueles que estão lendo este texto, pois foi o dia em que mudamos de albergue.

Eu também pretendo escrever sobre minha pedalada de Santiago de Compostela até Finisterre (Fisterra) e talvez mais um post para resumir todas as experiências e prover alguns recursos adicionais para aqueles que podem estar pensando em fazer esta peregrinação (é dito que a peregrinação começa no momento que você a decide fazer).

Dia 15: Em Santiago, sem pedalar.

Decidi escrever algumas notas sobre o 15º dia em Santiago pois acredito que elas podem ser úteis àqueles que porventura decidam fazer a peregrinação.

A primeira coisa que fizemos neste dia foi mudar de albergues. Marcelo e Alice tinham coisas para resolver, como a remessa das bicicletas de volta para o Brasil e também decidiram ficar em um hotel, portanto este foi o último dia que os vimos.

Depois de pesquisar um pouco decidimos ficar em um albergue mantido por uma organização sem fins comerciais, o Albergue Fin del Camino (clique aqui para um pôster do albergue em Espanhol). Ele está situado na Rúa de Moscova (Rua de Moscou) bem perto do maior Shopping Center de Santiago, o “As Cancelas“. Apesar do Albergue não estar localizado no centro da cidade, ele não está longe. Mais ou menos um 25 min caminhando ou 10 min de ônibus.. O preço da cama por noite é 8€ e o albergue foi recentemente renovado, portanto tudo está bem novinho e limpinho.

O Albergue dispõe de 110 camas que se encontro em grandes dormitórios com até 10 beliches (20 camas) em cada. Incluído no preço, você recebe um lençol bem simples com elástico nas bordas. Os colchões são confortáveis e os beliches bem robustos. Outra grande vantagem desse Albergue, que o diferencia de muitos outros, é que você pode permanecer pelo tempo que quiser (desde que tenha o passaporte de peregrino), o que é muito útil se você planejou uns dias extras na viagem e chegou em Santiago mais cedo do que esperava. Cada peregrino tem a sua disposição um grande armário de metal, mas é necessário deixar um deposito de 5 € pela chave, que é devolvido quando você retorna a chave.

Os links acima provem mais detalhes sobre este albergue (cozinha, lavanderia, etc.), mas eu gostaria de deixar aqui a recomendação que se você está fazendo a peregrinação com pouco dinheiro, ou seja, está procurando pelo melhor custo benefício em termos de albergues de peregrinos, esta é provavelmente a melhor opção (alguns peregrinos decidem se presentear com um pouco de conforto ao final da peregrinação, o que é perfeitamente compreensível). Outra coisa importante sobre este albergue é que ele fica praticamente no caminho que os peregrinos tomam para chegar ao centro da cidade, a N-634. Ele está de fato a apenas 2 quadras dessa rua. O problema é que não existem placas em lugar algum indicando para o Albergue e ele é meio “escondido”, por isso não é muito fácil encontra-lo. Se você decidir ficar neste albergue minha recomendação é que assim que você se aproximar das primeiras placas indicando o Shopping As Cancelas, procure pelo Albergue ou use estas coordenadas no Google para encontra-lo. Eu também destaquei no vídeo que fiz sobre os momentos do dia a direção para o Albergue. Você pode deixar sua mochila ou bagagem no Albergue e prosseguir para a catedral sem precisar carregar peso, mas não se esqueça de levar seu passaporte de peregrino e outros documentos consigo. Tenha em mente que o albergue abre apenas as 11:30 da manhã, portanto se você chegar em Santiago muito cedo esta pode não ser a melhor opção para você, a menos que você decida ficar esperando até o Albergue abrir ou “matar tempo” no Shopping Center.

Depois que nos acertamos na nova “casa” pelos próximos dias, Fernando e eu caminhamos para o centro da cidade e por acaso encontramos com a Paula, que havíamos conhecido no começo da peregrinação e pedalado juntos nos dias 2, 3 e 4 (que mundo pequeno, não?).

Neste dia também riscamos mais um ritual do Caminho de Santiago da lista: Abraçar por trás a estátua de ouro de Santiago. Este parece ser o gesto simbólico que conclui a peregrinação. Infelizmente fotografia é proibida, talvez pelo alto valor das gemas preciosas encravadas na estátua.

Nós não presenciamos neste dia o evento do Botafumeiro, mas eu presenciei ele depois do meu retorno de Finisterre e vou escrever a respeito no próximo post.

Fiquem à vontade para navegar pelas fotos deste dia no álbum de fotos do Flickr. Se você gostou deste post, por favor, indique assim clicando nas 5 estrelas abaixo, compartilhe no Facebook, Twitter, etc. e deixe comentários. Se tiver perguntas, simplesmente me mande uma mensagem através do formulário de contato na página.

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EyeCycled Bike Vlog: Sarado da infecção na garganta, Devon C2C, Complexo de Golfe Downshire, Disastre no WordPress e Feliz Páscoa!

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Caminho de Santiago, Dia 13: De Sarria para Palas de Rei

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Pinturas de parede na Igraje de Santa Maria, Sarria.

Bem-vindo ao post sobre o 13o. dia da nossa peregrinação de bicicleta pelo caminho de Santiago no dia 6 de junho de 2015. Completamos esta etapa de 50.57 Km de Sarria para Palas de Rei em 7h e 58m, das quais 4h 2m foram em movimento.

Este foi um belo dia de pedal na companhia de novos e velhos amigos. Marcelo, Alice e eu deixamos o albergue em Sarria por volta das 8:30 da manhã a procura de algum local para tomar café da manhã ao longo do caminho para sair da cidade. Estávamos empurrando nossas bicicletas na “Rúa Maior” e passamos ao lado de um café / restaurante chamado “La Taza Magica” (a Taça Magica) e decidimos ficar ali para o café da manhã. Fernando chegou uns 15 minutos depois vindo de Samos, onde ele havia pernoitado na noite anterior.

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Dr Guy Heron tirando uma selfie de estrada

Depois do nosso delicioso café da manhã, subimos nas bikes, mas paramos logo em seguida em um mercado popular onde Fernando comprou uma caixa de cerejas por apenas € 3,00.

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Ponte sobre o reservatório de Belesar, próximo a Portomarín.
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Transferindo a foto para a pagina do Facebook

Ao deixarmos a cidade, enquanto investigávamos o melhor caminho para sair dela, encontramos com Guy, um médico de Sydney, Austrália, que também estava fazendo o Caminho de Santiago de bicicleta desde Saint Jean.Eu entendi que Guy havia comprado um “pacote ciclístico” na Austrália o qual já incluía todas as acomodações, bem como a transferência da bagagem de uma cidade para outra ao longo do Caminho. Só o que ele precisava fazer era seguir o roteiro fornecido pela empresa de turismo. Estou mencionando isso aqui pois pode ser de interesse para outros peregrinos saber que tais opções existem e tornam a peregrinação ainda mais fácil. Creio que existem opções de pacotes similares para quem quer fazer o caminho a pé também.

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Cidade de Portomarín ao fundo

Bem, depois de um pouco de conversa, Guy se juntou ao nosso pequeno grupo de peregrinos fazendo com que esse grupo se tornasse o maior em que eu pedalei ao longo do caminho. Às vezes não é muito fácil pedalar em grupo, pois cada membro do grupo precisa respeitar as características e ritmos dos outros membros, mas nesse dia nosso grupo se deu muito bem. Como não estávamos com pressa, fizemos várias paradas também.

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Marcelo e Alice cruzando a ponte para Portomarín

Para falar a verdade, não há muito o que dizer sobre este dia. Mais ou menos 3/4 dos 50 Km que pedalamos neste dia foram na LU-633 (a mesma estrada que eu deveria ter pego ao chegar em O Cebreiro no dia anterior).

Depois de deixar Sarria fizemos uma pequena parada em um posto de gasolina em Paradela, que fica a uns 16 Km de Sarria e seguimos para Portomarín, uns 10 Km adiante (cerca de 26 Km de Sarria).

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Esta escadaria é tudo que restou da ponte Romana construída no século 2 e que foi destruida por Doña Urraca.

Em Portomarín fizemos uma parada mais longa para carimbar nossas credenciais de peregrino, tirar algumas fotos da igreja de San Juan (que se parece com uma fortaleza) e para comer algo juntamente com uma gelada cerveja espanhola. Portomarín é um lugar muito interessante e eu recomendaria uma parada mais longa se possível.

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A igreja de San Nicolás, construida no século 12. Da esquerda para direita, eu, Alice, Marcelo e Fernando.

Depois da nossa pequena parada em Portomarín, que durou algo como 30 min., seguimos pedalando na LU-633. Fizemos outra rápida parada em um vilarejo chamado Gonzar em um bar de beira de estrada chamado “Descanso del Peregrino”, para beber algo gelado e, entre nós 5, comemos praticamente todas as cerejas que o Fernando estava trazendo desde Sarria. Por alguns minutos se juntaram a nós também, duas peregrinas da Alemanha, que ao saberem que Guy era médico pediram alguns conselhos médicos.

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Sempre algo interessante para ver.

Uns 5 Km depois de Gonzar, em uma localidade conhecida como “O Hospital”, a LU-633 parece que acaba em uma rotatória. Cruzamos por cima da N-540 e pegamos uma pequena estrada no sentido de Ventas de Narón, cujo nome não consegui descobrir.

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Fotos das formigas típicas dessa região na Espanha. Aconselharia voce não mexer com elas.

Nesta pequena estrada cruzamos por vilarejos muito interessantes como Ligonde, Airexe, Portos (com suas esculturas de formigas gigantes), Lestedo e Os Valos. Este foi um trecho muito bonito com muitas arvores ao lado da estrada e muitas coisas interessantes para ver. Depois de Os Valos nós tomamos a N-547 até Palas de Rei que ficava apenas a 3 Km de distância.

Palas de Rei SignAo chegarmos em Palas de Rei, primeiramente fomos a um albergue chamado Albergue Buen Camino. Eu não entrei no Albergue, mas o Fernando e o Marcelo entraram e saíram um pouco decepcionados. Decidimos então pernoitar no Albergue municipal que cujo pernoite era 6 €. O albergue é bom e limpo.

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O Albergue Municipal de Palas de Rei

Uma vez que a acomodação em Palas de Rei já estava incluído como parte do pacote que Guy comprou na Austrália, ele não permaneceu no Albergue conosco, mas ele uniu-se a nós novamente no dia seguinte e pedalou junto conosco parte do nosso caminho para Santiago.

Bem, isso conclui o post sobre o 13. dia da peregrinação. Curto e grosso desta vez 🙂

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Day 13, Camino de Santiago, 6th Jun 2015
Clique na foto para abrir o Album do dia no Flickr.

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EyeCycled Bike Vlog: Pergunta sobre o Caminho de Santiago e London Bike Show

É Quinta-Feira e dia de outro Bike Vlog. Como eu estava recebendo reclamações da familia no Brasil sobre não produzir coisas em Português, decidi fazer um esforço e gravar em Português tambem, mas essa será uma excessão, não a regra. Da muito trabalho produzir isso em vários idiomas 🙂 Devo confessar que quando me propus a gravar estes “Vlogs” eu não estava muito confiante na minha habilidade de manter uma rotina semana, mas por enquanto esta funcionando. Nest “Vlog” eu….

  1. Respondo uma pergunta feito por Roberto Moro através do formulário de contato no site.
  2. Falo sobre o London Bike Show neste Sabado, 13 de Fevereiro, o qual vou estar cobrindo para o Blog e para a Revista Bicicleta.(quero saber se existe algo em especial que voces querem que eu cubra)
  3. Falo sobre o futuro “Post” a respeito do 13o. dia da peregrinação no Caminho de Santiago de bicicleta

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