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06/29. Via Francigena, Reims to Châlons-en-Champagne [GPX File]

This GPS file represents the route I took between these two locations during my Via Francigena pilgrimage by bike from Canterbury, in the UK, to Rome, in Italy.

The route contains mistakes and tracks I may not recommend you to take, so it is important to read the respective posts for more context.

Use of this resource at your own risk.

 

Look for details here: https://wp.me/p60ak1-1jb

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O Caminho da Fé: Introdução e dia Zero

Introdução ao Caminho da Fé e o dia “zero” da minha peregrinação

Neste artigo…

  1. Introdução
  2. Entrevista com o Sr Almiro Grings, principal idealizador do Caminho da Fé
  3. Estatísticas, despesas e meu diario de bordo do Caminho da Fé (download de arquivo Excel)
  4. O dia ZERO da minha peregrinação: Minha viagem de onibus de Jataí  (GO) a Sertãozinho (SP)
  5. Fotos do dia ZERO.

Introdução

Antes de dar início à minha própria introdução ao Caminho da Fé, convido você a assistir o vídeo institucional produzido pela Associação dos Amigos do Caminho da Fé (AACF).

Espero que o vídeo acima tenha fornecido um “gostinho” do que é Caminho da Fé, vamos portanto a minha própria introdução sobre o Caminho. Eu narro a maior parte dessa introdução (mas não tudo) no video abaixo, portanto, se voce não gosta de ler, fique a vontade para assistir o vídeo e pular o texto.

Decidi publicar esta introdução principalmente para aqueles que nunca ouviram falar do Caminho da Fé, mas também para aqueles que já o conhecem, mas que não o fizeram ainda.

Minha rota ao longo do Caminho da Fé
Minha rota ao longo do Caminho da Fé

O Caminho da Fé é uma rota de peregrinação idealizada por 3 peregrinos que fizeram a pé o famoso Caminho de Santiago de Compostela na Espanha e decidiram criar no Brasil uma rota de peregrinação, nos mesmos moldes de Compostela, a partir de Águas da Prata em SP até o Santuário Nacional de Aparecida do Norte.

Para aqueles que nunca ouviram falar do Caminho da Fé, recomendo uma visita ao site da Associação dos amigos do Caminho da Fé: www.caminhodafe.com.br ou uma rápida procura no Google, pois a disponibilidade de informações sobre ele na internet é muito grande.

Existem também grupos no Facebook e outras redes sociais que reúnem peregrinos passados, presentes e futuros e facilitam a troca de informações.

O proposito deste artigo, no entanto, é explicar a minha história, as razões pelas quais eu decidi fazer o caminho, porque decidi iniciar em Sertãozinho e o que eu pretendo publicar no meu blogue e canal do YouTube sobre esta experiência. Meu objetivo é ajudar, principalmente aqueles que nunca fizeram o caminho (ou qualquer outra peregrinação), a melhor se prepararem, mostrando a eles o que eles devem esperar em cada trecho, pelo menos se fizerem o caminho na mesma época e condições que eu fiz.

Para aqueles que já fizeram o Caminho, minha intenção é divulgar o caminho no Brasil e no exterior com as ferramentas que estão ao meu alcance. Espero que em diversos momentos, os vídeos e as matérias que publicarei vão trazer de volta boas lembranças e neste caso fiquem a vontade de compartilhar a experiência de vocês através de comentários, “Likes” e compartilhamentos.

Juntamente com este artigo eu também vou publicar a entrevista que gravei com o Sr Almiro Grings, o principal idealizador do Caminho da Fé. Esta entrevista foi gravada na sede da Associação dos Amigos do Caminho da Fé em Águas da Prata quando eu passei por lá. Tenho certeza que nas palavras do Sr Almiro o caminho da fé será muito melhor explicado.

Bem, primeiramente gostaria de dizer que o Caminho da Fé é a terceira peregrinação de longa distância que fiz de bicicleta até agora. Em 2015 fiz o caminho de Santiago de Compostela em bicicleta a partir da cidade Francesa de Saint Jean Pied de Port (o assim conhecido Caminho Frances) e em 2016 percorri os mais de 2000 Km que separam a cidade de Canterbury na Inglaterra até a cidade do Vaticano na Itália em uma rota de peregrinação conhecida como Via Francigena.

É difícil explicar em detalhes todas as razões pelas quais venho fazendo isso nos últimos 3 anos, mas uma resposta simples, e que provavelmente resumiria tudo, é: Eu gosto do desafio físico e mental e gosto também das oportunidades de introspeção que longos períodos pedalando proporcionam, que, por sinal, é uma experiência muitos semelhante àqueles que fazem a pé, mas requer menos tempo para complete-la.

Escolhi fazer o Caminho da Fé a partir de Sertãozinho por duas razões principais: A primeira é por uma certa facilidade logística a partir da cidade onde me encontrava vivendo no Brasil neste período. Havia a partir dessa cidade um ônibus direto para Ribeirão Preto no estado de SP, que fica a apenas 20 Km de Sertãozinho, e facilitava não ter que trocar de ônibus e ter longas esperas de conexão em rodoviárias, levando em consideração que eu estava levando toda bagagem de peregrino mais a bicicleta. A segunda razão é por ser o ramal Sertãozinho o mais longo de todos, pelo menos no período em que eu fiz o caminho. Eu queria passar mais tempo na estrada.

Mapa do Caminho da Fé
Mapa do Caminho da Fé

Se vocês estudarem o mapa do caminho da fé, disponível para download no site da associação dos amigos do caminho, vocês verão que existem várias outras opções de rotas, ou ramais como são conhecidos, por onde dar início a sua peregrinação, mas todas passam por Águas da Prata.

O caminho de Santiago de Compostela já foi inteiramente publicado no blog EyeCycled.com e eu ainda estou trabalhando nos artigos e vídeos da Via Francigena.

Neste artigo dou início aos trabalhos e publicações sobre o Caminho da Fé. Os artigos no blog e os vídeos que pretendo publicar no canal do YouTube seguirão o mesmo princípio aplicado as peregrinações anteriores. Tem o objetivo de mostrar aos outros graficamente como foram minhas experiências.

Eu ligo a câmera pela manhã, quando estou prestes a dar início ao trecho do dia e a desligo apenas quando chego ao meu destino ou a um lugar onde decido parar neste dia. Desta forma o objetivo é documentar em vídeo o caminho inteiro que eu tomei para que futuros peregrinos possam ter uma ideia do eu irão encontrar e talvez decidir por fazer um caminho diferente do que eu fiz. Como ninguém assistiria a uma gravação de 7, 8 horas ou mais eu faço uso de um tipo de vídeo chamado “Time- Lapse” que está sendo exibido no canto direito da tela. Neste modo de gravação a câmera tira uma foto de alta definição a cada 0.5 segundo e faz uma montagem acelerada de todas as fotos no final.

Cada 10 min no caminho representam algo como 10 segundos no vídeo, portanto um dia inteiro no caminho pode ser assistido em poucos minutos, sem que nem um metro sequer seja perdido. As desvantagens desse tipo de gravação são, obviamente a velocidade da imagem e a trepidação da câmera, como podem ver.

Esta trepidação pode ser minimizada com um dispositivo chamado “Gimbal“, cuja função e operação já expliquei em um artigo no Blog e um vídeo no canal. Esta foi a primeira vez que utilizei este dispositivo de maneira constante numa viagem de bicicleta, apesar de já no segundo dia ter perdido as baterias extras que eu estava levando. Mesmo assim o “Gimbal” tem limites e não consegue remover por completo as trepidações provenientes de buracos, pedras e outros obstáculos no caminho. A estratégia para o Caminho da Fé no blog é publicar um artigo e os respectivos vídeos no canal a cada 2 semanas, mas eu já sei que existirão semanas em que esta estratégia não vai funcionar por causa da rotina de intenso trabalho e viagens programadas para este ano.

No blogue, tenho a intenção de publicar 1 artigo para cada dia de viagem, mas se vocês olharem para o mapa do Caminho da Fé vão notar que a partir de Sertãozinho existem 21 trechos principais ao longo do caminho. A intenção é publicar no mínimo 21 vídeos mostrando estes trechos em detalhes, com as gravações em vídeo “Time-Lapse” conforme expliquei antes e algumas das muitas fotos que tirei ao longo do caminho.

Como pretendo que tudo seja bilíngue na verdade estamos falando de 42 vídeos no mínimo, não contando os vídeos de introdução e outros menores que fiz ao longo do caminho. Adicionando ao trabalho de editar os vídeos eu também tenho que escrever os artigos no blog em Português e Inglês, por isso eu não determinei um prazo para terminar este trabalho. Ele verdadeiramente vai terminar quando Deus quiser 🙂

Não é a toa que se chama Caminho da Fé… Eu tenho Fé que vou conseguir e conto com seu apoio.

Eu não faço este trabalho visando lucro algum, mas eu tenho várias despesas para manter o blog e obviamente este trabalho demanda muito tempo da minha parte. Na verdade, gasto muito mais tempo escrevendo e editando os vídeos do que todo o período da peregrinação em si, portanto se vocês estiverem se sentindo generosos, visitem minha página no Apoia.Se, através da qual vocês podem doar pequenos valores para ajudar na manutenção e no café para me manter acordado a noite.

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Video Interview with Mr Almiro Grings, the creator of the Faith’s Way

Esta entrevista foi gravada na sede da Associação dos Amigos do Caminho da Fé em Águas da Prata em Setembro de 2017.

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Estatísticas, despesas e meu diario de bordo do Caminho da Fé

O arquivo Excel abaixo contém as estatiticas da viagem (conforme registradas pelo meu Garmin Edge 810), tais como distâncias, Elevação, velocidades, batimento cardiaco médio, etc, assim como as despesas ao logo da viagem, a acomodação e as anotações que gravei ao longo do caminho.

Elevação x Velocidade ao longo da rota do Caminho da Fé.
Elevação x Velocidade ao longo da rota do Caminho da Fé.

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Dia ZERO: Minha viagem de onibus de Jataí to Sertãozinho

Route from Jataí to Ribeirão PretoEu decidi escrever um pouco sobre minha viagem de onibus de Jataí, no interior de Góias, para Sertãozinho não considerando que isso venha a ajudar outras pessoas, além daquelas que porventura queiram fazer esse caminho e que morem em Jataí, mas para ilustrar o quão dificil a parte logistica de uma peregrinação pode ser. Dependendo de onde você mora no Brasil (ou exterior) as conexões para Sertãozinho podem se tornar mais fáceis ou dificeis. Tentei em vão encontrar algum parceiro(a) que tivesse um veiculo próprio e estvisse a fim de vir comigo nesta aventura, mas isso é muito dificil devido a disposição das pessoas em se submeter a tal esforço fisico e, mais importante, ao tempo necessário, que é bastante significativo, longe do trabalho, da familia, etc.

Nosso onibus foi parado no posto da policia rodoviaria federal em Uberaba, MG.
Nosso onibus foi parado no posto da policia rodoviaria federal em Uberaba, MG.

Como não consegui encontrar ninguem comecei a pesquisar as alternativas. Jataí é uma cidade pequena que não dispõe de um aeroporto com linhas domésticas regulares, assim como Sertãozinho. Sertãozinho no entanto fica bem perto de Ribeirão Preto que tem um aeroporto regional com voos domesticos para varios destinos, incluindo Goiânia e São Paulo. O problema é que Jatai fica a 320 Km de Goiania e dessa forma eu teria que viajar várias horas de onibus de qualquer jeito. Decidi, portanto, pegar o onibus de Jataí diretamente para Ribeirão Preto, uma viagem longa e desconfortavel, mas tambem de um custo menor. Paguei R$ 135,00 na passagem de Jataí para Ribeirão Preto. A distância de Jataí para Ribeirão é de aprox. 715 Km, mas uma viagem que estava planejada durar 12h acabou atrasando por mais de 2h devido a uma parada obrigatória no posto da Policia Rodoviaria Federal em Uberaba, MG. A policia, aparentemente, havia recebido uma denuncia anônima de que alguém estaria traficando drogas para São Paulo neste onibus, que havia originalmente partido no Mato Grosso. A denuncia estava de fato correta, pois a policia encontrou o traficante, juntamente com 10 Kg de pasta base de Cocaína. Espere o inesperado!

Onibus urbano (coletivo) de Ribeirão Preto para Sertãozinho.
Onibus urbano (coletivo) de Ribeirão Preto para Sertãozinho.
Eu, no onibus para Sertãozinho, sentado no assento reservdo a cadeirantes e segurando a bicicleta em pé.
Eu, no onibus para Sertãozinho, sentado no assento reservdo a cadeirantes e segurando a bicicleta em pé.

Ao chegar em Ribeirão eu tinha a possibilidade de montar a bicicleta e pedalar até Sertãozinho, o que me recomendaram não fazer pois a rota passa por areas de alta incidência de crime, ou pegar o onibus coletivo. Ao chegar na Rodoviaria, fui me informar com funcionarios do local que me indicaram a plataforma de onde saia o onibus para Sertãozinho. Tive que descer de elevador, caminhar uns metros para a esquerda e subir de elevador novamente para chegar a plataforma. Ao chegar lá, o nibus para Sertãozinho já estava parado na plataforma e estava mais ou menos 3/4 cheio. Conversei com o motorista que me informou que o onibus tinha apenas um pequeno bagageiro, não grande suficiente para a bicicleta, mas que eu poderia sentar no assento reservado aos cadeirantes e segurar a bicicleta na vertical. A viagem para Sertãozinho foi rapido, cerca de 30 min e ao chegar na estação rodoviaria de Sertãozinho eu ontei a bicicleta e fui pedalando até o hotel (aprox. 1,5 Km de distância). Fiz o check-in no Hotel Agapito, que é o único hotel de Sertãozinho na lista de oficial de hospedagem da Associação dos amigos do Caminho da Fé,  e peguei minha credencial de peregrino. A noite encontrei com a equipe da rede Globo de TV que iria fazer uma reportagem sobre o Caminho da Fé em celebração aos 300 anos de Aparecida.. Eu sabia que eles iriam estar la pois dias antes quando fiz minha reserva, o recepcionista do hotel havia me contado que eles estariam iniciando a peregrinação deles no mesmo dia. Saimos juntos a noite para jantar e conversamos sobre várias coisas como minhas peregrinações anteriores, e combinamos de nos encontrar para o café da manhã no dia seguinte e gravar uma entrevista para a reportagem deles.

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Fotos do dia ZERO.

Clique em qualquer uma das fotos para ampliar

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Via Francigena, Dia 5/29: De Tergnier (e Albergue de Villequier) para Reims

Não está disponível em PortuguêsInfelizmente este “post” não está disponível em Português. Meu tempo é muito limitado e a tradução, preparação e publicação de um post deste genero necessita várias horas de trabalho.

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Voce pode copiar o texto em Inglês, colar em programas como Microsoft Word, traduzir e enviar-lo de volta para o endereço Paulo@EyeCycled.com

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O Caminho da Fé

Logo Caminho da Fé
Logo Caminho da Fé

Olá pessoal,

é com imenso prazer que anuncio que semana que vem darei inicio a minha 3a peregrinação religiosa, desta vez no Caminho da Fé. Para quem ainda nunca ouviu falar, essa rota de peregrinação é agora considerada como o equivalente Brasileiro ao Caminho de Santiago que eu percori em 2015.

As versões em Inglês e Português deste “post” diferem significativamente pois encontrei muito poucas informações sobre o Caminho em Inglês, enquanto que em Português existem extensas fontes de informação na Internet o que vai me permitir apenas “linkar” para elas. Nunca tive a intenção de reinventar a roda 🙂

Então, para que voce não perca tempo, se tudo o que voce esta interessado é em informações sobre o Caminho da Fé, eu recomendo pular direto para o site da AACF ou Associação dos Amigos do Caminho da Fé, que é completo e excelente. Por não ter feito o caminho ainda, eu nao posso avaliar que ele tem todas as informações que um peregrino do Caminho da Fé precisa, mas é um bom começo.

O Antonio Olinto, um dos mais reconhecidos ciclo-ativistas Brasileiros, tambem tem a venda um excelente guia para o Caminho da Fé. Vale a pena dar uma olhada nas publicações e conteúdo (videos) no site dele tambem.

Bom, se voce ainda esta por aqui e já ouviu falar da Basilica de Aparecida do Norte no estado de São Paulo, voce deve saber que ela tem sido o destino de peregrinos a várias gerações, muitos dos quais as realizam  por razões religiosas, como pagamento de promessas, etc. Se voce em um tempinho, vale a pena ler sobre a história da Basilica, que é o segundo maior templo católico do mundo (só perde para a Basilica de São Pedro no Vaticano), no site da Wikipedia.

Mapa do Caminho da Fé (clique para abrir. Fonte AACF)
Mapa do Caminho da Fé (clique para abrir. Fonte AACF)

O Caminho da Fé foi criado em 2003 por um grupo de 3 amigos que fizeram o Caminho de Santiago de Compostela juntos algumas vezes. A rota original partia de Aguas da Prata no estado de Sâo Paulo e terminava, obviamente, na Basilica, em Aparecida do Norte, a 318 Km de distância (na rota original estabelecida para andarilhos ou caminhantes).

Atualmente o Caminho da Fé se expandiu para ter como ponto de partida outras cidades no Estado de São Paulo. A estas rotas alternativas foi dado o nome de “Ramais” e você pode obter informações sobre este ramais nesta página da AACF.

Pessoalmente, eu escolhi fazer o ramal mais longo (571 Km), a partir da cidade de Sertãozinho no estado de São Paulo, não apenas porque eu gosto muito de pedalar, mas por uma questão de facilidade logistica para mim. De Jataí, GO, onde me encontro no momento, existe um onibûs direto para Ribeirão Preto, que fica a apenas uns 20 Km de Sertãozinho. Dessa forma eu preciso fazer apenas 1 viagem de onibus (de 12 h entretanto) para dar inicio a minha peregrinação em biccleta.

Desta forma, contando com minha viagem de onibus, minha jornada começa na madrugada de Domingo, 18 de Setembro. Ao chegar em Ribeirão eu vou decidir como ir para Sertãozinho. Para quem vai pedalar quase 600 Km, os 20 Km entre Ribeirão Preto e Sertãozinho não são nada, mas eu fui desacomselhado a pedalar essa rota pela frequente ocorrência de assaltos nela, pois ela passa por áreas de alta incidência de crimes entre as duas cidades. Como mencionei, essa é minha 3a peregrinação de longa distância, e em cada uma das anteriores eu tinha meus medos e receios. Aprendi com elas a minimizar meus medos de muitas outras coisas, mas crime, entretanto, não era um fator que assustava muito em Paises da União Européia. Ter esse medo aqui, me deixa muito triste com relação ao Brasil. Não é que não existam crimes no Caminho de Santiago, onde uma peregrina Americana foi assassinada em 2015, mas a probablidade de ser vítima de crime aqui é muito maior que lá, infelizmente.

Então, ao chegar em Ribeirão Preto vou decidir se me sinto corajoso suficiente para ir para Sertãozinho de bike  ou se pego outro onibus que sai da rodoviaria de Ribeirão para Sertãozinho a cada 30 min. Seria uma pequena tragédia se a peregrinação terminasse antes mesmo de começar.

Em Sertãozinho vou pernoitar no Hotel Agapito, um dos locais ao longo do  Caminho onde é possivel comprar a credencial de peregrino, que, assim como no Caminho de Santiago, o peregrino vai carimbando ao longo do caminho para receber o certificado de conclusão ao chegar na Basilica de Aparecida.

Típica credencial de peregrino do Caminho da Fé (lnk externo. Clique para abrir no site de origem)
Típica credencial de peregrino do Caminho da Fé (lnk externo. Clique para abrir no site de origem)

A partir de Sertãozinho vou deixar a Fé guiar o meu caminho. Eu ia comprar o guia do Olinto, que mencionei acima, mas acabei não fazendo, por isso vou deixar as setas amarelas (outra coisa copiada do Caminho de Santiago) indicarem o caminho, que, pelo que ouvi dizer, é muito bem sinalizado. Algumas pessoas chegaram até a mencionar que é impossivel se perder, mas como minhas habilidades de navegação são notórias eu já consigo me imaginar tendo que pedalar alguns quilometros extras 🙂

A boa noticia que tive hoje é que, ao contrario do que estava pensando, eu aparentemente não vou ter que fazer o caminho sozinho. Ao fazer a reserva no Hotel Agapito o recepcionista falou que haviam mais peregrinos partindo do hotel no mesmo dia que eu e me perguntou se eu me importaria se ele passasse o meu numero para eles. Eu respondi, já feliz, “claro que não!” 🙂

Ocorre que estas tais pessoas sao membros de uma equipe da TV Globo que vão fazer uma matéria sobre o Caminho da Fé para o Fantastico. Pelo que eu entendi, o reporter tambem vai fazer o caminho da fé em bicicleta, provavelmente com a equipe atrás. Eu que estava um pouco preocupado com minha segurança por fazer o caminho sozinho, aparentemente vou ter as cameras de TV como companhia durante o caminho todo (se eu conseguir manter o ritmo do reporter, claro)
Perfeito, nao eh mesmo? Alem de companhia, tenho agora a perspectiva de me tornar uma celebridade na telinha. Próximo desafio, atuar na Novela das 8? Acho que não, mas por via das dúvidas preciso descobrir como perder minha barriga em 2 dias 🙂

Como de hábito em jornadas anteriores, durante o caminho eu provavelmente vou postar com mais frequência na página do EyeCycled no Facebook do que no blog, portanto se você deseja acompanhar minha pequena aventura se certifique que você “curtiu” (like) a página.

Se voce tem acompanhado os posts aqui no Blog, você vai estar ciente que recentemente perdi um companheiro “não-humano”. O meu notebook Dell XPS 15 estragou e era ele que eu usava para editar os videos no canal do YouTube e criar outros conteúdos para o Blog. Eu tenho toda intenção de, conforme nas peregrinações anteriores, gravar o caminho completo em video do tipo “time-lapse” (aquele bem acelerado), mas sem um computador mais “potente” isso vai demorar um pouco, mas por favor, não desistam de mim… Assim como o Arnold Schwarzenegger, “I’ll be back!”

Buen Camino! ou no caso do Caminho da Fé, Bom Caminho!

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Via Francigena, Dia 4/29: De Péronne para Tergnier (e Albergue de Villequier)

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Via Francigena, Dia 3/29: De Bruay-la-Buissière para Péronne

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Via Francigena, Dia 2/29: De Alembon para Bruay-la-Buissière

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Via Francigena, Dia 1/29: De Canterbury (UK) para Alembon (França)

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Via Francigena: Introdução e "Dia Zero"

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Via Francigena, Day 2 (31 Jul), From Alembon to Bruay-la-Buissière

Expect the unexpected!

As suggested by my host in Alembon the day before, 8:00am I was downstairs for breakfast. Got to taste all the home made compote she does and home baked cake as well.

After breakfast I started packing. I confess, this is one of my weak points and something I definitely need to get better at. The Camino de Santiago has taught me a few lessons last year, which I seemed to have forgotten, but the Via Francigena is being quick at reminding me of them.

Before I left home I packed everything according to item type, e.g. clothes and footwear all in one pannier, electronics in another, 1st aid kit and items of personal hygiene in another and so on…

The thing is, when you are on the move and need something you don’t want to be opening several different panniers to get items you may need. The lesson I learned on the Camino was to pack a pannier with the most likely things you are going to need during the day (in the case of the Camino I packed it in a rucksack, as I had only 2 panniers then, where I now have 4), so you’ll only need to open one bag during the day, unless something out of the ordinary happens, which is not uncommon. I am, therefore, attempting to change the packing accordingly and moved several items around the panniers.

When I finished packing everything (took me about 25 min… yes, I am slow) brought everything downstairs, where the bike was, and started to load them in the bike. About 15 min later, when all panniers and the camping bag were loaded and fastened, I realised I was missing my Cateye cycling computer, which I thought I had placed in the handlebar bag together with the Garmin Edge 810. It wasn’t there. Went back to the room and searched everywhere as I knew I had it the day before… couldn’t find it. There was only one option left: Search in the panniers, which, as I mentioned before, were already loaded in the bike. I’ll give you one chance to guess if it was in the 1st pannier or in the last. Did you guess? Of course it was in the last. It must have fallen in the pannier as I was rearranging the packing. Altogether, I literally spend 1h looking for the damn thing. That meant I left the B&B only around 11:30am. For a pilgrim this is almost time of arrival, not time of departure. Anyway… need to give no excuses to anyone as I am alone, but it was a bit stressful. My own fault.

From Alembon I rode to Licques, where I managed to get a stamp from a water park there, as everything else was closed. Then to Tournehem-sur-la-Hem, where there was also nothing open. Not to say nothing, the church was open, but there was no one in it. From Tournehem my next destination was Thérouanne, where, according to my host the day before, there was a pilgrim’s hostel, but… everything was closed. I wasn’t planning to stay there anyway, as I wanted to ride more, so I rode further to Amettes where there is another hostel with special rates for pilgrims (€13/night). Guess what? Closed!

In all the villages I rode through everything was closed. Even the petrol stations were closed. if I wanted to setup camp somewhere I would have to go hungry as I couldn’t find anything open to buy food. I also couldn’t get any stamps on my Pilgrim’s credential which, upon arrival in Rome, is the document you have to show.

So I decided to continue riding to Bruay-la-Buissière as I knew it was a bigger town and there was bound to be something open. As I got there I asked several people about “auberges” or hotels but I couldn’t find any near, so I turned to Google which offered me a few, with one of the cheapest being the Ibis Style in the outskirts of town. Had to ride another 4 or 5 Km to get there and the daily rate wasn’t the €53 Google suggested, but €69 with Breakfast. By that point it was late and I was too tired to go searching for something cheaper, so that is where I stayed. The room was great and the hotel was near several restaurants. Had a really good meal at the 3 Les 3 Brasseurs.

When I left Alembon in the morning, the day was a bit unsettled and that made me forget to pass on the sunscreen on my skin. I live in the UK, so this is something we use very little there 🙂

The sunscreen was on the bottom of one of my panniers, which I really didn’t want to take off the bike again. The result was a really bad sun burn and fever at night which made for an uncomfortable night. I should have stopped to get the sunscreen… lesson number… ? (who’s counting anyway).

Well, that was it. I’m attaching a few pictures to this “post by email” which I hope will be self-explanatory. If you have any questions, just drop me a comment.

Before I close the post, have you made your donation to Mind UK, which is the charity I am sponsoring during this ride? Common, 20 quid will not be much at the end of the month and it’s all for a good cause.

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